Rio – Quatro estaduais de 2012 podem ter clássicos realizados nos Estados Unidos. Uma multinacional norte-americana fez a oferta de levar grandes jogos do início do ano que vem para a América do Norte.
Os Campeonatos Paulista, Carioca, Gaúcho e Mineiro são os pretendidos. No Rio Grande do Sul, a ideia é levar o Gre-Nal da fase classificatória para Boston, nos Estados Unidos.
“Gre-Nal pode ser jogado em Boston, mas é um assunto que preciso debater com os presidentes. É a cidade que reúne mais brasileiros”, disse Francis Noveletto, presidente da Federação Gaúcha de Futebol, em entrevista para a Rádio Bandeirantes.
A ideia de Noveletto é conversar com os presidentes de Inter e Grêmio. Caso aceitem o projeto, a logística começará a ser organizada para o ano que vem.
O jogo de Minas Gerais também já está decidido. Envolveria Cruzeiro x Atlético-MG. Faltaria a definição de qual o clássico paulista seria escolhido. Valendo o mesmo para o Rio de Janeiro.
O time de Limeira volta a conquistar um título após quatro anos e está na Série A3
O Independente é o campeão do Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2011. Na manhã deste domingo, o Galo venceu o Capivariano, por 2 a 0, no Estádio Comendador Agostinho Prada, em Limeira, no segundo jogo da final. Joãozinho e Bismaque marcaram os gols do time limeirense, que chega à sua terceira conquista da divisão de acesso do futebol paulista (antes o Galo havia ganho em 1973 e 1999).
No jogo de ida, o Independente tinha sido derrotado, por 2 a 0, em Capivarí. Assim, com a vitória por dois gols de diferença no jogo de volta, o time de Limeira leva a taça por ter feito melhor campanha em relação à somatória de todas as fases da Segunda Divisão. No final do jogo, os times se envolveram em uma tremenda confusão generalizada, mas nada que apagasse o brilho da conquista do Galo Limeirense.
Galo mais perto da taça! O primeiro tempo teve o Capivariano querendo aumentar a vantagem conquistada no jogo de ida. Mesmo com toda a torcida contrária, o time visitante levou perigo logo aos dois minutos. Alamir chutou, mas a bola bateu na zaga e sobrou para o artilheiro Romão. O atacante fez o giro dentro da área e chutou forte, mas a bola passou à direita do gol de Diego, que ficou somente olhando.
O Capivariano continuou melhor no jogo e teve nova oportunidade aos 19. Pedro Henrique cobrou escanteio do lado esquerdo e Alamir se antecipou para testar forte, mas o goleiro Diego fez uma defesa sensacional e evitou o gol dos visitantes. A torcida do Independente percebeu que precisava fazer a diferença e voltou a incentivar o time das arquibancadas.
Com as chances desperdiçadas, o Capivariano viu o Independente abrir o placar. Aos 27, Joãozinho cobrou falta da intermediária e acertou o ângulo direito do gol de Douglas, que ainda se esticou todo, mas sem conseguir fazer a defesa: 1 a 0. A torcida logo continuou incentivando, pois sabia que somente mais um gol já bastaria para comemorar a conquista da Segundona.
Quando o primeiro tempo se encaminhava para seu final, o Galo deixou a torcida enlouquecida. Aos 48, Murilo Silva fez grande jogada pela direita e deu um passe açucarado para Bismarque. De dentro da área o atacante somente tocou de primeira, a bola ainda bateu no travessão antes de cair dentro da meta do Capivariano: 2 a 0.
São Diego! O segundo tempo teve um personagem em especial: o goleiro Diego, do Independente. O arqueiro foi o nome da segunda etapa, principalmente para impedir que o Capivariano marcasse o gol e levasse o título para Capivarí. Aos oito minutos, Ivanzinho cruzou direto e o goleiro Diego precisou se esticar para evitar o gol dos visitantes, com um toque leve pela linha de fundo.
O time visitante continuou insistindo no gol. Aos 10, Romão chutou de dentro da área e o goleiro Diego novamente fez a defesa para salvar o time da casa. Após isso, o Galo teve a chance de matar de vez o jogo. Aos 14, Bismaque recebeu passe de Joãozinho e tocou na saída do goleiro Douglas, mas a bola foi pela linha de fundo.
O Independente queria o terceiro gol. Aos 19, Petterson desviou de cabeça e Gilberto chutou de dentro da pequena área, mas acertou a trave esquerda do gol do Capivariano. Os visitantes responderam aos 25. Régis Renan chutou forte de longe e o goleiro Diego espalmou pela linha de fundo para salvar o Galo.
A partida continuou aberta e tanto Independente quando Capivariano queriam o gol. Aos 29, Joãozinho cobrou falta certeira e o goleiro Douglas conseguiu espalmar pela linha de fundo para impedir o terceiro gol do Galo. O time de Capivarí ainda continuou buscando o gol, mas a defesa do time de Limeira segurou o resultado e o título estadual.
Ficha Técnica
Independente 2 x 0 Capivariano
Local: Estádio Comendador Agostinho Prada, em Limeira (SP) Árbitro: Marcelo Rogério Assistentes: Alex Alexandrino e Fabio Rogério Baesteiro Cartões amarelos: Alexandre e Thiago Pereira (Independente); Thiaguinho, Oliveira, Ivanzinho e Tom (Capivariano) Gols: Joãozinho 27’/1T e Bismaque 48’/1T (Independente)
Independente Diego; Gilberto, Carlos Diego, Petterson e Thiago Pereira; Murilo Silva (Gustavo), Márcio, Alexandre e Joãozinho (Marcelo); Bismaque (Daniel) e Leandro Neves. Técnico: Jorge Parraga.
Capivariano Douglas; Lucas, Oliveira, Kelisson e Pedro Henrique; Régis Renan, João Paulo (Tom), Adoniran (Thiaguinho) e Ivanzinho; Alamir (Willian) e Romão. Técnico: Genildo Cavalcanti.
Autobiografia, escrita há mais de 40 anos e agora descoberta, permite conhecer melhor o primeiro grande ídolo do futebol brasileiro
TIAGO ROGERO / RIO – O Estado de S.Paulo
Aos 7 anos, Arthur conheceu o futebol. Fosse hoje, no País da bola, até seria tarde. Mas o ano era 1900. Arthur e seus amigos ficaram surpresos ao ouvirem os estrondos da bola sendo chutada contra a parede: “Bum! Bum!” O garoto, de sobrenome Friedenreich, se apaixonou. Treinou, desenvolveu uma técnica até então incomum entre os praticantes do esporte e se tornou “El Tigre”, o primeiro grande craque do futebol brasileiro.
O primeiro contato com a bola e outras histórias são contadas por ele na autobiografia – desconhecida por mais de 40 anos e descoberta pelo editor de livros carioca Cesar Oliveira, de 59 anos. Em 150 páginas, Friedenreich – que contou com um ghost writer, o jornalista Paulo Varzea – narra detalhes de sua vida, como a disputa de até três jogos em um só dia (por equipes diferentes) e a capacidade de trocar de camisa “com a mágica de um transformista”. Nada absurdo para um atleta que defendeu mais de dez clubes, como São Paulo, Santos e Flamengo, além da seleção brasileira.
O material foi descoberto em julho. Nos anos 1980, então publicitário, Oliveira trabalhou com o filho de Milton Pedrosa, primeiro editor de livros de futebol do Brasil e autor da coletânea Gol de Letra. Oliveira largou a publicidade, fundou sua própria editora sobre o tema em 2008 e, este ano, resolveu retomar contato com o antigo colega.
“Liguei para o Carlos Pedrosa e perguntei: ‘Cadê o livro do pai?’ Queria juntar, em um só livro, tudo que o Milton havia feito ao longo da vida como editor de futebol”, disse Oliveira. Carlos e a irmã resolveram então doar ao editor parte da biblioteca do pai, que morreu em 1987.
Um dia, Oliveira começou a analisar as caixas, pacotes e bolsas. Em meio aos papéis, encontrou uma foto de Friedenreich fazendo um gol. Era o terceiro do São Paulo sobre o Corinthians, na final do Campeonato Paulista de 1932, disputada em 1933 e vencida por 4 a 1. Depois, achou outras 100 fotos, “algumas com mais de 100 anos de idade”.
“Então achei um documento da dona Joana, esposa do Friedenreich, autorizando ao Milton a publicação da biografia. Pensei: ‘Será que está aqui?’ E comecei a procurar”, contou. Em uma pasta rosa, surrada, a primeira página trazia, escrito à mão: “Friedenreich, El Tigre. De 1 a 150”. Na seguinte, já datilografada, começava o texto: “Apareço eu”.
A autobiografia não é datada. A carta de dona Joana, sim, de maio de 1969 (Friedenreich morreu no fim daquele ano). O editor liberou alguns trechos para divulgação. A maior parte deixará para o livro que pretende publicar em 2012, quando se completam 120 anos do nascimento de Friedenreich. Ele procura patrocínio.
Em um dos trechos, Friedenreich fala da influência do inglês Charles Miller – que trouxe o futebol ao País – e do alemão Hermann Friese na sua formação como atleta. Ele classifica Miller como seu “professor primário” no futebol. “Coube, porém, a Friese a tarefa de ensinar-me o secundário e o superior.”
Franzino numa época em que o futebol era basicamente um esporte de força, o craque desenvolveu sua habilidade – o chute com as duas pernas, por exemplo – graças às cobranças do alemão, seu técnico no Clube Paulistano.
Friedenreich segurava demais a bola. “Um dia, (Friese) disse-me: ‘Você está se apoderando de um soberbo domínio de bola. Precisa aproveitá-lo bem em favor do conjunto (…) Fique com ele (a bola, que chamava de ‘couro’) apenas o tempo necessário para atrair um adversário, dois quando muito. Manobra boa para abrir buraco na defesa”, escreveu.
Ajuda. A princípio, Oliveira achou que foi Friedenreich que escreveu tudo, mas disse estar convencido de que ele foi ajudado por Paulo Varzea, com quem chegou a trabalhar na revista Olympia, depois de se aposentar dos gramados. “Varzea não assinou o livro porque era amigo do Friedenreich. Fez aquilo por amor, por amizade mesmo.”
DRIBLE NO PRECONCEITO, UMA DE SUAS FAÇANHAS
Graças ao talento, Friedenreich burlou fronteiras do futebol elitista e foi o maior ídolo do Paulistano
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Filho de comerciante alemão com lavadeira brasileira, o mulato Friedenreich conseguiu “burlar as fronteiras do futebol elitista”, conta o historiador Alexandre da Costa, de 36 anos, autor da biografia O Tigre do Futebol, lançada em 1999. “Diziam: ‘Ah, ele é mulato? Passa um negócio no cabelo, alisa e vamos para o jogo!'”.
“Friedenreich foi ídolo no Clube Athletico Paulistano, até hoje um clube de elite”, disse. Costa já tomou conhecimento da autobiografia descoberta pelo editor Cesar Oliveira, com quem tem mantido contato, e leu trechos da obra.
Para o historiador, o jeito de Friedenreich se assemelha ao do ex-atacante Romário, hoje deputado federal. “Como alguém que falava, não se intimidava, uma figura representativa. Era baladeiro, do tipo que voltava às 4h da manhã e fazia quatro gols”, diz.
Apelido. Fried jogou até os 43 anos e, apesar de ter defendido a seleção brasileira várias vezes, nunca disputou uma Copa do Mundo. “Em 1919, no primeiro título da história do futebol brasileiro, o Sul-Americano, foi o pé esquerdo dele que colocou a bola para dentro”, disse Costa.
O Brasil venceu por 1 a 0 e Fried ganhou o apelido de “El Tigre”, dado por jornalistas uruguaios e argentinos.
Depois de se aposentar, foi representante comercial da Companhia Antártica Paulista (atual Ambev) e juiz de futebol, “dos bons”, contou Costa.
Casado por mais de 50 anos com dona Joana, teve um filho, Oscar, mesmo nome do pai do craque. “Quando pesquisei para o livro, tentei encontrá-lo. Coloquei anúncio do jornal, procurei o pessoal do Paulistano, e nada”, disse o historiador. Friedenreich morreu em setembro de 1969. “Esquecido, extremamente magoado com o futebol porque as pessoas não lembravam mais dele”, disse Costa. / T.R.
SANCHES FILHO / SANTOS , ESPECIAL PARA O ESTADO – O Estado de S.Paulo
O presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro garante que o Santos não corre risco de perder Muricy Ramalho para o São Paulo em 2012. De acordo com o dirigente, estão avançadas as negociações para que o treinador assine novo contrato. “Tivemos uma conversa longa há mais de um mês. O clube está satisfeito com o meu trabalho e eu estou satisfeito no Santos. A intenção dos dirigentes é fazer um contrato mais longo comigo, mas temos respeitar o momento do clube, que vai ter uma eleição no fim do ano”, disse Muricy, ontem.
Outra prioridade do Santos é a contratação de reforços de bom nível. Há possibilidade de repatriar jogadores que estão na Europa. Também são alvo revelações de clubes argentinos, uruguaios, chilenos e brasileiros que estão sendo observados por integrantes da comissão técnica.
O goleiro Fábio, do Cruzeiro, é um dos nomes comentados. O Palermo promete apresentar nova proposta, bem mais vantajosa, por Rafael em janeiro, e, se o goleiro sair, o cruzeirense seria seu substituto. Como Danilo já está negociado com o Porto (vai para Portugal em janeiro), será contratado um lateral-direito.
O mesmo ocorre em relação à lateral-esquerda. Com 36 anos, Léo já não consegue suportar a maratona de jogos, se machuca com frequência e não tem substituto à altura.
Muricy também quer contar com novas opções na zaga, para ganhar em altura e em rapidez. Além de um armador, para que a equipe não sinta demais quando Paulo Henrique Ganso se machuca ou caso ele seja negociado com o futebol europeu.
Na última vez que Brasil e Argentina se enfrentaram, Neymar elogiou Montillo, do Cruzeiro, e o convidou para jogar no Santos. O que parecia ser simples brincadeira poderá se concretizar porque o meia disse, recentemente, que se for trocar de clube no Brasil quer jogar no Santos.
Alguns torcedores tentaram invadir a sala de imprensa e os vestiários
O Avaí perdeu para o Ceará, por 2 a 1, neste domingo, na Ressacada, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro e se aproximou ainda mais do rebaixamento. Irritados com a situação delicada do Leão, alguns torcedores invadiram a sede social do clube e protagonizaram um verdadeiro quebra-quebra.
Logo após o apito final do árbitro, a torcida passou a criticar jogadores, comissão técnica e diretoria na saída do gramado. No entanto, o clima ficou ainda mais tenso na sequência, quando alguns torcedores invadiram a sede social e passaram a quebrar tudo o que viam pela frente. Os mais exaltados tentaram invadir a sala de imprensa, mas foram contidos pelos seguranças.Como a polícia demorou para chegar, os seguranças do próprio clube tiveram que conter os ânimos, mas acabaram sendo agredidos pelos torcedores, que deixaram a Ressacada apenas com a chegada da polícia. Fora do estádio a confusão também foi controlada, mas mesmo assim o clima era bastante tenso.
Com mais uma derrota, o Leão estacionou nos 29 pontos e é o penúltimo colocado. A diferença para o Ceará, primeiro fora da zona de rebaixamento, é de seis pontos, faltando apenas mais cinco jogos.
Santos e Vasco foram campeões respectivamente da libertadores 2011 e da Copa Brasil
LegendaPG– Pontos Ganhos |JG– Jogos Disputados |VI– Vitórias |EM– Empates DE– Derrotas |GP– Gols Pró |GC– Gols Contra |SG– Saldo de Gols %A– Porcentual de Aproveitamento de Pontos