ICFUT – Amigos de Ronaldo sobre sua saída do futebol

Fonte: estadao.com.br

Mano exalta carreira de Ronaldo: ‘Vai virar lenda’

O técnico da seleção brasileira Mano Menezes exaltou a carreira do agora ex-jogador Ronaldo em texto publicado nesta segunda-feira em seu site. Mano lembrou das suas diversas conquistas e disse que o Fenômeno “vai virar lenda” na história do futebol.

“Sua trajetória se explica com gigantescos feitos. Ser o maior goleador de todas as Copas. Ser escolhido o melhor do mundo em três oportunidades. Ser vencedor nos principais clubes do mundo, transformando-se em um ídolo mundial, capaz de parar o Haiti com a seleção brasileira em um jogo amistoso”, enumerou Mano.

“De agora para frente vai virar lenda, vai se juntar a tantos outros grandes que nos encheram de alegrias com suas obras primas”, afirmou o treinador, que conviveu com Ronaldo por 1 ano e meio no Corinthians. Juntos, os dois conquistaram os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, ambos em 2009.

“Sua força individual contagiou a todos nós. Os resultados foram mais significativos no primeiro ano, mas sua vontade de ganhar qualquer disputa, inclusive as mais singelas ”apostas”, explica sua capacidade de sempre ressurgir, de superar o que superou em termos de lesões e de nunca se acomodar nas justificativas”, comentou Mano. “Seus defeitos? Bom, seus defeitos estão presentes nos humanos – aliás, era apenas nisso que dava para ver que ele era humano”, exaltou.

Horas após anunciar sua aposentadoria, o ex-jogador do Corinthians também recebeu o reconhecimento da Fifa, maior autoridade do esporte no mundo. Entre diversos elogios, a entidade declarou que o brasileiro possui um “talento ofuscante”.

“Ronaldo entrará para a história como um dos mais prolíficos, fulminantes e habilidosos atacantes do futebol. Ele marcava gols com uma regularidade impressionante pelos clubes mais gloriosos da Europa”, afirmou a Fifa em seu site.

Fonte: http://www.uol.com.br

‘Ele foi o cara’, diz Ronaldinho Gaúcho sobre Ronaldo

Amigo de Ronaldo e ex-companheiro de seleção brasileira, Ronaldinho Gaúcho falou sobre o adeus do Fenômeno. Nesta segunda-feira, o camisa 10 do Flamengo não cansou de elogiá-lo e disse que o mundo do futebol irá sentir muita a falta do pentacampeão.

“Ele foi o cara que eu joguei junto. O Ronaldo sempre foi um exemplo como jogador de superação. Joguei com ele muitos anos e vivemos muitas coisas legais. Ele sempre foi o meu ídolo e sempre será assim. Me orgulho disso”, destacou, acrescentando.

“Ele é um dos maiores de todos os tempos. Acho que o Ronaldo fez tudo. Ele está num nível em que poucos vão chegar. É uma perda para o futebol e, daqui a pouco, todos irão sentir sua falta”, emendou.

Após ter problema sério no joelho, na época de Milan, Ronaldo retornou ao Brasil e fez todo o tratamento no Flamengo. Entretanto, na hora de assinar contrato, fechou com o Corinthians. Ronaldinho Gaúcho não entrou em polêmica sobre esta decisão do Fenômeno.

“Não analiso essa situação, pois sou seu fã. Preciso respeitar o que ele fez no futebol e sua escolhas. Para mim, o Ronaldo sempre foi exemplo. O Ronaldo é completo. Tem força, habilidade e inteligência”, encerrou.

Entre os principais momentos juntos de Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo aconteceu na Copa do Mundo de 2002, no Japão e Coreia do Sul, quando o Brasil faturou o seu quinto título. Na final, a seleção superou a Alemanha por 2 a 0, gols do Fenômeno.

 

Fonte: http://www.terra.com.br

Rivaldo se despede do Fenômeno: “Era muito fácil jogar com ele”

Na seleção que ficou conhecida como a “família Scolari”, Rivaldo e Ronaldo destoaram da média e lideraram a equipe para a conquista do pentacampeonato mundial. Agora, no dia em que o Fenômeno anunciou sua despedida dos gramados de forma emocionada, o ex-companheiro reverenciou o atacante e recordou a parceria formada em 2002, no Japão e na Coreia do Sul.

“Não precisava de entrosamento para jogar com o Ronaldo. Ele sabia como eu jogava, e eu conhecia onde ele gostava de receber a bola. Era muito fácil jogar com ele, porque sabia se posicionar muito bem dentro e fora da área. Quando eu pegava na bola, ele já tinha certeza do que eu ia fazer”, recordou.

Aos 38 anos e ciente de que sua carreira também está perto do fim, Rivaldo deixou a rivalidade entre São Paulo e Corinthians de lado para manifestar seu apoio ao amigo. Durante entrevista em que só falou sobre o ex-camisa 9 alvinegro, o meia tricolor afirmou esperar que o amigo consiga superar a tristeza por ter abandonado os gramados.

“É triste, porque considero muito o Ronaldo, foi um privilégio ter jogado com ele. Trata-se de uma grande perda do futebol brasileiro e mundial. Mas assim é a vida. Hoje, foi a despedida dele. Daqui a pouco, será a minha. Chegou o momento dele e vou torcer agora para que possa ter uma vida mais tranquila, se cuidando e ficando com a família e amigos”, comentou.

Diante do choro do Fenômeno, que teve repercussão mundial, Rivaldo admitiu nunca ter visto o ex-parceiro tão emocionado.

“Nunca tinha visto. É um momento difícil que passa na carreira de um profissional. No momento em que não pode mais fazer aquilo que gosta, a pessoa fica triste, é normal. Qualquer jogador sentiria o mesmo que ele”, completou.

 

Fonte: espn.com.br

‘Testemunha’ de um dos gols mais bonitos de Ronaldo, brasileiro diz: ‘Ele foi um búfalo’

Ele estava em campo com a camisa do Compostela no estádio San Lázaro, em 12 de outubro de 1996, quando testemunhou aquele que é considerado por muitos como o gol mais bonito da carreira de Ronaldo.

O brasileiro Fabiano, que defendeu Botafogo e Cruzeiro no fim da década de 80 antes de seguir para a Europa, parou de jogar em 2003, mas permanece na Espanha, onde trabalha como técnico do modesto Estradense, clube da quarta divisão local.

Na época, Fabiano atuava como meia do Compostela e viu de perto quando Ronaldo, então no Barcelona, ganhou disputa de bola no meio de campo, passou por vários marcadores que tentaram pará-lo com faltas e seguiu em extrema velocidade rumo à área adversária, onde se desfez dos zagueiros. Mesmo desequilibrado, chutou no canto direito do goleiro, sem chances de defesa.

“Sou fã do Ronaldo. Acho que foi o jogador que mais me impactou, principalmente quando chegou ao Barcelona. Depois, quando voltou ao Campeonato Espanhol pelo Real Madrid (em 2002), já não era o mesmo. Para mim, ele foi melhor que Messi e Cristiano Ronaldo”, disse o ex-jogador em entrevista à Agência Efe.

“Aquele gol foi maravilhoso, e antes ele marcou dois muito parecidos contra Atlético de Madri e Valencia”, afirmou.

O lance deixou atônitos não só os torcedores que o assistiram pela televisão ou nas arquibancadas, como todos no gramado. E o gesto que mais simbolizou o espanto geral, na opinião de Fabiano, foi protagonizado pelo inglês Bobby Robson, técnico do Barcelona naquela temporada.

“Lembro-me bem do treinador maravilhado, levando as mãos à cabeça. Nós ficamos assombrados. Tínhamos muita força física, mas ele foi um búfalo, passou por todo mundo e fez esse gol que deu muito o que falar”, recordou.

“Foi uma pena as lesões terem tirado alguns anos de sua carreira. Ultimamente ele estava mais para ex-jogador por causa do excesso de peso”, disse.

 

Fonte: http://www.yahoo.com.br

Presidente da Inter de Milão considera Ronaldo o melhor atacante

O presidente da Inter de Milão, Massimo Moratti, lamentou no site oficial do clube a aposentadoria de Ronaldo. De acordo com o mandatário dos nerazurri, o Fenômeno foi o melhor atacante de todos os tempos.

“Estou um pouco triste por causa da ideia de não poder mais ver Ronaldo nos campos, pois o considero o melhor atacante de todos os tempos. Com toda a afeição e o respeito, lembro de todo o prazer que ele nos proporcionou jogando, sem falar do ano muito especial pela Inter. Foi um grande privilégio para nós. Eu espero que ele aproveite o resto da vida tanto quanto aproveitou jogando futebol”, declarou.

O ex-camisa 9 passou por Appiano Gentile de 1997 a 2002, marcando 59 vezes em 99 partidas. Foi com a camisa da atual pentacampeã italiana que Ronaldo sofreu duas sérias lesões: em 1999, rompeu parcialmente o tendão patelar, enquanto no ano seguinte, teve rompimento completo do local, após apenas sete minutos de jogo contra a Lazio.

 

Fonte: esporte.ig.com.br

Kaká, “Fabuloso” e estrangeiros lamentam anúncio de Ronaldo

Jogadores como Ferdinand, do Man. United, e Fábregas, do Arsenal, também ficaram tristes com a aposentadoria do “Fenômeno”

Nesta segunda-feira, o atacante Ronaldo, do Corinthians, anunciou o fim oficial da sua carreira de futebol profissional. Na Europa, ex-companheiros de seleção brasileira, como Kaká e Luís Fabiano, e jogadores estrangeiros que admiram o “Fenômeno”, lamentaram a aposentadoria do jogador por meio de seus Twitters.”Ronaldo, muito obrigado por tudo que você fez pelo esporte, pelo futebol, pelo Brasil e para milhares de pessoas”, escreveu Kaká, que jogou ao lado do atacante nas Copas do Mundo de 2002 e 2006, e na temporada 2007/08 no Milan.Já Luís Fabiano, do Sevilla (Espanha), pode compartilhar o vestiário com o Ronaldo pela seleção brasileira nas Eliminatórias Sul-Americanas. “Graças a Deus tive a honra de jogar ao lado dele. Uma dia, vou dizer aos meus netos que joguei ao lado de um dos maiores atacantes da historia”, prometeu. 

Outro brasileiro, Lucas, do Liverpool (Inglaterra), falou exatamente o contrário, e lamentou não ter tido a chance de jogar com o “Fenômeno”. “O futebol está se despedindo de um dos maiores jogadores de todos os tempos. Pena. Eu não tive a oportunidade de jogar com Ronaldo, mas me lembro muito bem de todas as alegrias que ele trouxe aos brasileiros”, ponderou.

Jogadores estrangeiros que nunca foram do mesmo clube que Ronaldo, mas admiram o futebol do três vezes melhor jogador do planeta, também prestaram suas homenagens. “Um dos melhores que já jogaram futebol. As lesões o impediram de ser o melhor da história. Farei uns minutos de silêncio”, avisou o zagueiro Rio Ferdinand, do Manchester United (Inglaterra).

“Um dos melhores atacantes que já jogaram. Ele fará falta”, completou o italiano Giuseppe Rossi, do Villarreal (Espanha). O catalão Cesc Fábregas, formado nas categorias de base do Barcelona, lembrou a temporada 1996/97 de Ronaldo pelo clube, quando o ex-camisa 9 marcou 47 gols em 51 jogos.

“Um dia triste para o futebol. A lenda brasileira Ronaldo se aposentou do futebol. Eu sempre lembrarei de 1996/97. Ele foi o melhor que vi jogar em uma única temporada”, comentou.

Da argentina, o ex-companheiro de Corinthians, Matias Defederico, atualmente no Independiente, agradeceu Ronaldo. “O Fenômeno de todos os tempos se despediu. Obrigado por tudo. Acho que ter jogado ao lado dele foi uma das coisas que mais marcaram minha vida. Poucos tiveram essa oportunidade. Foi um privilégio. Além de craque com a bola, uma excelente pessoa”, revelou.

Fonte: http://www.gazetaesportiva.net

Campeão com Ronaldo, Felipão elogia aposentadoria: “Grande gol”

Um dos técnicos mais importantes para a carreira de Ronaldo, Luiz Felipe Scolari tem autoridade para comentar a aposentadoria do jogador, selada no início da tarde desta segunda-feira. Para o palmeirense, a decisão foi acertada.

“Entendo que este seria o momento ideal, por uma série de fatores que ele colocou em sua despedida. Quero dizer a ele que como acreditei que seria um dos melhores jogadores da nossa seleção naquela oportunidade, acredito que neste momento também fez um grande gol”, disse o jogador, referindo-se ao seu trabalho com Ronaldo na seleção brasileira.

Em 2002, quando o Fenômeno se recuperava de sua segunda grande lesão no joelho direito e era visto com desconfiança pela maioria dos torcedores, o comandante apostou nele e o convocou para a Copa do Mundo da Coreia do Sul e do Japão, competição da qual o camisa 9 foi artilheiro e campeão.

“Tomou a decisão certa. Novamente acredito que onde ele irá trabalhar na área esportiva, vai ter o mesmo sucesso que teve nestes 18 anos de carreira. Então se naquela oportunidade eu entendia que poderia apoiá-lo e ele seria importante, neste momento quero dizer a ele que mais uma vez acredito na sua decisão e qualidade daqui para frente”, acrescentou o treinador, que se disse amigo do Fenômeno até hoje.

Fonte: lancenet

Carlos Alberto Silva revela que o gol mais bonito da carreira de Ronaldo é desconhecido do público

Técnico de Ronaldo no Cruzeiro lembra como nasceu o Fenômeno

Com 16 anos, Ronaldo impressinou Silva e garantiu sua condição de titular (Foto: Arquivo)

Carlos Alberto Silva, um dos primeiros treinadores de Ronaldo em sua carreira profissional no Cruzeiro, não esquece o momento em que o Fenômeno nasceu. O time se preparava para relizar alguns amistosos em Portugal e o jovem atacante havia acabado de voltar do Mundial Sub-16 na Austrália.

– Eu tinha apenas um atacante no elenco e pedi pelo menos mais uma opção à diretoria. O supervisor de futebol Beneci Queiroz me disse que estava com um garoto de 16 anos e perguntou se eu não poderia testá-lo. Fizemos dois treinamentos durante a semana e ele viajou conosco – lembrou.

Ronaldo foi titular nos amistosos realizados em território português, marcando dois gols contra Belenenses e Peñarol. Uma cena em que o pupilo mostrou sua personalidade marcou o ex-treinador:

– Antes de viajar, quando eu dei o colete de titular para ele, o Luizinho, quarto zagueiro, que jogou pela Seleção, chegou e pediu para ele não perder a chance já que tinham mil pessoas querendo o lugar dele. Ele respondeu com firmeza que nunca mais perderia a posição de titular.

Carlos Alberto Silva garante ter visto o gol mais bonito da carreira de Ronaldo. Infelizmente, para o mundo do futebol, o registro ficou esquecido.

– Não sei como nunca comentaram, mas dos gols que já vi, esse foi o mais bonito da carreira de Ronaldo. O time saiu a bola, ele recebeu e driblou o time inteiro do Penãrol – revelou.

A despedida dos gramados do Fenômeno gera tristeza. Mais do que “professor”, Carlos Alberto foi um torcedor.

– Fui pego de surpresa. Rezei por todas as recuperações dele, tive a felicidade de vê-lo nascer para o futebol e acabei virando torcedor pelo caráter, pela pessoa que ele é. Por tudo o que passou, se fosse outro no lugar dele, já teria jogado a toalha há muito tempo – concluiu.

HOMENAGENS

Fonte: lancenet

Para Milan, Ronaldo é ‘formidável embaixador do futebol’

Último clube defendido por Ronaldo na Europa, o Milan homenageou o agora ex-jogador nesta segunda-feira em seu site.

Em comunicado oficial, o Milan devolveu “com afeto, estima e reconhecimento as amáveis palavras” que o brasileiro dedicou, em sua entrevista coletiva de despedida do futebol, à equipe pela qual atuou entre 2007 e 2008.

– Formidável embaixador do futebol e do esporte, Ronaldo permanecerá para sempre na história ‘rossonera’ por sua contribuição na temporada 2006-2007, que terminou com o título da Liga dos Campeões em Atenas – diz o breve comunicado do clube.

Após inúmeras cirurgias, um problema de hipotireoidismo e dores nos joelhos, Ronaldo explicou nesta segunda-feira que finalmente chegou a hora de parar de jogar, aos 34 anos.

Fonte: espn.com.br

Barcelona homenageia Ronaldo e relembra atacante ao lado de Mourinho; veja foto

Segundo clube de Ronaldo na Europa, o Barcelona homenageou o atacante, que anunciou a sua aposentadoria do futebol nesta segunda-feira, com uma galeria de fotos em seu site oficial relembrando os momentos da única temporada em que o Fenômeno jogou lá, entre 1996 e 1997.

Curiosamente, o clube catalão relembrou uma imagem de Ronaldo sendo cumprimentado por José Mourinho, assistente do técnico do Barcelona, Bobby Robson, na época.

Durante sua passagem pelo Barça, O atacante marcou 47 gols em 51 jogos e conquistou três títulos (Copa do Rei, Supercopa da Espanha e Recopa da Europa). Após um ano no clube catalão, Ronaldo foi vendido à Inter de Milão.

Ronaldo é abraçado por José Mourinho
Crédito da imagem: Site oficial/ Barcelona

ICFUT – Ronaldo despede-se do Futebol !

Fonte: Folha Online

Ronaldo chora no adeus ao futebol

Atualizado às 13h52.

Eleito três vezes o melhor jogador do mundo, Ronaldo, 34, confirmou a aposentadoria nesta segunda-feira. O anúncio oficial aconteceu no início da tarde desta segunda-feira, no Centro de Treinamento do Corinthians, mas segundo o agora ex-atacante a decisão foi tomada na última quinta-feira.

Ronaldo aproveitou para falar que há quatro anos tem uma doença que prejudica a sua briga com a balança, o hipotiroidismo.

“Não consigo falar nada”, começou o atacante durante a entrevista, entre os filhos Ronald e Alex, e o presidente corintiano, Andres Sanchez. “Estou encerrando a minha carreira como jogador profissional e dizer que esta carreira foi linda, maravilhosa, emocionante. Tive muitas derrotas, muitas vitórias, fiz muitos amigos e não lembro de ter feitos inimigos”, disse.

“Antecipo o fim da minha carreira por alguns motivos importantes. Todos sabem do meu histórico de lesões, tenho tido nos últimos dois anos uma sequência muito grande de lesões que vão de uma perna para a outra, de um músculo para outro. Estas dores me fizeram antecipar o fim da minha carreira”, disse, lembrando que ele tinha um contrato com o Corinthians até o final deste ano.

“Há quatro anos, no Milan, descobri que tinha um distúrbio, que se chama hipotiroidismo, que desacelera o seu metabolismo e que para controlar eu tenho que tomar hormônios no qual não é permitido. Mas não guardo mágoa com quem fez chacotas com meu peso”, disse.

Depois de cinco minutos falando sozinho, Ronaldo não se conteve e chorou. Agradeceu a patrocinadores, familiares, e a torcida do Corinthians.

“Eu nunca vi uma torcida tão empolgante, tão apaixonada… Está certo que algumas vezes esta cobrança por resultados faz esta torcida um pouco agressiva, um pouco fora do controle…”, afirmou.

Ronaldo lamentou o fato de não ter conquistado a Taça Libertadores e diz que a decisão de se aposentar aconteceu na última quinta-feira. “Estava sozinho em casa e vi que não estava mais suportando as dores”, disse.

JOGO DE ADEUS

O agora ex-atacante disse que vai investir o seu tempo profissional na agência de marketing e que pensa em criar uma fundação. “Vou me dedicar a minha agência”, afirmou o jogador. “Mas não sei o que vai ser daqui para a frente. Mas, enfim, deu a hora”, completou.

Questionado durante a entrevista coletiva sobre realizar algum jogo-despedida, a exemplo do que ex-jogadores como Pelé e Romário fizeram, o camisa 9 declarou: “Ainda não pensei. Em junho, julho, vou tentar reunir alguns amigos que jogaram comigo para fazer uma partida, uma festa de despedida. Vamos ver. Vou avisar a vocês [imprensa].”

ICFUT – Musa da Ponte Preta !

Fonte: Futebolinterior.com.br

Fã de Adriano Imperador, musa da Ponte Preta quer conquistar Gata do Paulistão
Vivi Pinheiro tem 27 anos, é coordenadora de eventos e está solteira

Dona de curvas perfeitas e uma pele morena, a coordenadora de eventos Vivi Pinheiro (foto) está representando a Ponte Preta no concurso Gata do Paulistão de 2011. O Portal Futebol Interior segue apresentando as concorrentes e Vivi, como gosta de ser chamada, é a escolhida para esse sábado.

Com 27 anos, Vivi está solteira e promete despertar o interesse de muitos marmanjos. No entanto, ela não gosta de pessoas pegajosas, mas sim que cuide dela com firmeza. Ou seja, para ter uma chance precisa mostrar atitude, pois a representante da Macaca não gosta de homens que se intimidam com ela, o que não deve ser fácil.Vivi Pinheiro tem 60 kg bem distribuídos em seu 1,68 m. O que mais chama a atenção na gata são seus 100 cm de quadril, além também suas outras medidas, que deixam qualquer um louco: 93 cm de busto, 70 cm de cintura e 59 cm de coxa. Para manter tudo em cima, ela garante não fazer nada de excepcional. “Não tenho grandes “rituais” nem faço nada de excepcional”, comentou.

Fã de música eletrônica, a representante da Ponte Preta declarou que o seu jogador preferido de todos os tempos é o polêmico Adriano Imperador. Confira na Galera de Imagens do Futebol Interior as fotos de Vivi Pinheiro. Com essa musa, a Macaca com certeza irá brigar pelas primeiras colocações do Paulistão.

ICFUT – Ronaldo, o fim !

Fonte: O Estado de São Paulo

Queria continuar, mas não consigo’

Ronaldo anuncia ao ‘Estado’ o fim da carreira e lamenta fracasso na Libertadores. ‘Mas foi lindo’

DANIEL PIZA – O Estado de S.Paulo

Nesta segunda-feira Ronaldo anuncia o fim de sua carreira. Dezoito anos depois de sua estreia pelo Cruzeiro, com mais de 400 gols em sete clubes e na seleção brasileira, incluindo 15 em Copas, e único brasileiro a ter sido eleito três vezes melhor jogador do mundo pela Fifa, o atacante do Corinthians cedeu ao cansaço. “Não aguento mais”, disse neste domingo, em entrevista exclusiva ao Estado. “Eu queria continuar, mas não consigo. Penso uma jogada, mas não executo como quero. Tá na hora. Mas foi lindo pra caramba.”

Eduardo Nicolau/AE - 29/8/2010
Eduardo Nicolau/AE – 29/8/2010
Inúmeras lesões atrapalharam carreira de Ronaldo

Ronaldo tinha contrato com o Corinthians até o fim do ano, mas a eliminação na pré-Libertadores desanimou o jogador. Com nove cirurgias e inúmeras lesões musculares, seu corpo vinha dando sinais graves nos últimos meses. Nos treinos, não podia correr demais que ambos os joelhos inchavam. “Até para subir escada sinto dores”, diz Ronaldo, que fez só 12 gols em 27 jogos em 2010.

Ter saído no fim de 2009, depois de ganhar dois títulos pelo Corinthians e marcar 23 gols em 38 jogos, teria sido melhor? “Não, eu queria terminar com o gosto da vitória na Libertadores. Infelizmente, não deu. O ano passado foi complicado, as lesões foram cruéis comigo.” Ronaldo diz que os acontecimentos com a torcida depois da eliminação diante do Tolima, que levaram o amigo Roberto Carlos a ir para a Rússia, não foram a causa da aposentadoria. Chegou a dizer que não ia “dar esse gostinho para eles”. Mas pensou melhor: “Eles não importam. O que importa é que fui até onde pude.” Em 2011, foram quatro jogos e nenhum gol.

Os números contrastam com o do menino franzino que com 16 anos apareceu fazendo um gol por jogo no Cruzeiro, foi para o PSV da Holanda e seguiu com essa média até chamar a atenção do Barcelona. Ali, antes de fazer 19 anos, explodiu para o mundo. Em 49 jogos fez 47 gols, alguns dos quais antológicos. Na Inter de Milão, em 1997, ganhou o apelido “Il Fenomeno”. Na seleção só não fez mais gols do que Pelé.

A carreira também foi marcada por polêmicas pessoais e esportivas, como a convulsão inexplicada antes da final da Copa de 1998 e o sobrepeso que a torcida passou a acusar desde 2005. Mas, por mais rigoroso o balanço, é difícil discordar de sua própria síntese: “Foi lindo”.

Fenômeno da superação

Ronaldo calou cada profeta de sua aposentadoria muitas vezes. Agora, enfim, afasta-se dos campos com uma popularidade comparável à de Pelé

Wilson Baldini Jr. – O Estado de S.Paulo

O dicionário afirma: “Fenômeno: aquilo que é raro, surpreendente, prodígio. Pessoa que tem algo anormal ou extraordinário”. Ronaldo Luís Nazário de Lima foi tudo isso durante os 18 anos de carreira profissional no futebol, justificando o apelido dado pela imprensa italiana na época de sua passagem pela Internazionale de Milão. Hoje, às 12h40, no Centro de Treinamento do Corinthians, anuncia a aposentadoria, aos 34 anos, não da forma que gostaria. Em seus 26 meses de clube, não conseguiu realizar o sonho da Fiel de conquistar o título da Taça Libertadores, apesar do grande futebol no primeiro semestre de 2009, quando ajudou e muito o clube a se sagrar campeão paulista invicto e da Copa do Brasil.

Mas Ronaldo não tem do que reclamar. Talvez, depois de Pelé, seja o jogador que mais obteve espaço na mídia, graças às suas façanhas em campo. Tudo começou no futebol de salão do São Cristóvão. Chegou a ser recusado por Botafogo, Flamengo e São Paulo. Acabou no Cruzeiro, que acreditou no seu potencial, após a disputa do Sul-Americano Sub-17. O Brasil ficou apenas na quarta posição, mas o então jovem atacante foi o artilheiro com oito gols.

Aos 17 anos, em 1994, foi o artilheiro do Campeonato Mineiro, com 21. Ganhou vaga na seleção principal para a Copa dos Estados Unidos. Reserva, viu do banco Romário e Bebeto fazerem os gols que trouxeram o tetra.

Vendido ao PSV, da Holanda, marcou 67 gols em 71 jogos. Trinta deles só no Campeonato Holandês, superando Patrick Kluivert, do Ajax, que fez 18. Em 1996, o Barcelona pagou US$ 20 milhões por seus direitos. Apesar de perder o título espanhol para o Real Madrid por apenas dois pontos, foram 34 gols em 37 jogos. Ajudou a equipe a levantar as taças da Copa do Rei e da Recopa Europeia, com direito a gol na decisão contra o Paris Saint-Germain. Em 49 jogos fez 47 gols, alguns dos quais antológicos, como aquele contra o Santiago de Compostela em que atravessou o meio campo driblando quatro adversários.

Tanto sucesso repentino, com o título de melhor jogador do mundo pela Fifa, fez o interesse da Internazionale de Milão ficar cada vez maior. E insustentável para o Barça. Com isso, a transferência para o futebol italiano não demorou. Ronaldo foi recepcionado por dezenas de milhares de torcedores no Estádio Giuseppe Meazza, vestindo a camisa 10. O título no calcio não apareceu, mas foram 14 gols em 19 jogos oficiais. A conquista da Uefa na temporada 1997/1998 deixou os italianos enlouquecidos, o que valeu ao brasileiro o apelido de Il Fenômeno.

O ano de 1998 só não foi perfeito por causa da decepção da seleção brasileira na Copa da França – derrota para os anfitriões por 3 a 0 e com Ronaldo assustando o mundo todo, após sofrer uma convulsão horas antes da decisão.

Lesões pouco deixaram que Ronaldo vestisse a camisa da Inter. A perda do título para a Lazio na última rodada foi um trauma para o atacante, que daria a volta por cima na Copa do Mundo da Ásia, em 2002. Foi o artilheiro e comandou o triunfo junto de Rivaldo.

De volta a Milão, o mau relacionamento com o técnico argentino Héctor Cúper fez o brasileiro forçar a saída para o Real Madrid. Lá formou a equipe dos galácticos, ao lado de Zidane, Beckham, Roberto Carlos & Cia. Mas o sucesso de marketing fora de campo não garantiu títulos. O Real perdeu espaço para o Barcelona e os renomados jogadores, até mesmo Ronaldo, foram perdendo espaço.

O mau desempenho na Copa de 2006, com novo revés diante da França, encerrou sua participação na seleção. Em fevereiro de 2008, já pelo Milan, sofreu outra grave lesão de joelho. Veio fazer tratamento no Flamengo, mas acertou com o Corinthians. Teve seis meses de sucesso, mas uma fratura na mão acabou com sua forma, nunca mais recuperada. O último jogo foi decepcionante: derrota para o Tolima, no dia 2, e eliminação da Libertadores.
ELOGIO

ZINEDINE ZIDANE
Craque francês em 2000

“Tenho certeza de que, quando tudo passar, ele vai se recuperar e voltará a ser o número 1 do futebol mundial”
Sua imagem é uma fonte ininterrupta de altos lucros

A imagem de um atleta é o bem mais duradouro que ele tem. E desde cedo Ronaldo soube explorar isso, tanto que hoje sua fortuna está calculada em cerca de R$ 1 bilhão. A Ambev mantém o vínculo mais antigo com o astro. O contrato foi assinado em 1994, quando Ronaldo estourou no Cruzeiro. Embora seu talento como jogador seja reconhecidamente imenso, só uma parcela menor de seu patrimônio veio de altos salários. A grande parte de seus bens foi acumulada por meio de seus contratos com grande empresas, como o vitalício que mantém com a americana Nike. Mesmo no último ano, quando foi chamado de “gordo”, o Fenômeno faturou o que embolsava no auge da carreira: cerca de US$ 8,2 milhões (R$ 13,7 milhões), conforme o jornal espanhol “El Mundol” estimou, em 2003, que ele faturava anualmente.
TRAJETÓRIA FENOMENAL

O início
Nascido em Bento Ribeiro, subúrbio do Rio, Ronaldo aprendeu a fazer as jogadas que mais tarde encantariam o mundo no futsal. Chegou a atuar por duas equipes cariocas antes de ir para os gramados: o Valqueire Tênis Clube e o Social Ramos Clube. Sonhava em jogar pelo Flamengo, mas não tinha dinheiro para pagar as passagens de ônibus e ficou no São Cristóvão, clube que ficava perto de sua casa e ainda pagava por seu transporte. Em 1992, o Fenômeno foi vendido por R$ 7,5 mil para dois empresários, que o repassaram para o Cruzeiro. Ronaldo passou a ser uma grande fonte de renda da equipe. O clube formador tinha direito a 5% do valor de cada uma de suas transferências e rendeu dinheiro ao São Cristóvão em cada transferência sua.

A ascensão
Ronaldo tornou-se conhecido mesmo no Cruzeiro. Estreou aos 16 anos no clube mineiro, durante o Campeonato Brasileiro de 1993. Ali já mostrou a que viria: marcou 12 gols em 14 partidas. Em 1994, fez mais: 21 gols pelo Mineiro.

A fase galáctica
O título da Copa do Mundo de 2002 alçou Ronaldo ao maior objeto de desejo do futebol mundial. Transferiu-se para o Real Madrid, onde marcou 104 gols e conquistou duas taças do Campeonato Espanhol: 2003 e 2007.

PERFIL

RONALDO L. N. DE LIMA
CARIOCA, DE 34 ANOS, FOI BICAMPEÃO MUNDIAL COM A SELEÇÃO

Carreira: Começou no São Cristóvão. Passou pelo Cruzeiro e foi jogar na Europa em 1994: PSV, Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid e Milan. Em 2008 voltou ao Brasil para vestir a camisa do Corinthians.
FEITOS INCRÍVEIS

15 gols marcou Ronaldo nas quatro Copas do Mundo em que esteve com a seleção brasileira. Em 1994, ficou todo o tempo na reserva. Em 1998, na França, foram quatro. Em 2002, na Ásia, além do penta, fez oito gols. Em 2006, foram mais três na Copa da Alemanha.

62 gols o Fenômeno marcou pela seleção principal do Brasil, em 12 anos. Ele começou a vestir a camisa verde-amarela em 1994, antes da Copa dos Estados Unidos. Foi titular até o Mundial da Alemanha, em 2006. Ele só fica atrás de Pelé, que anotou 95 gols.

414 gols fez Ronaldo em sua carreira.
Pelos clubes nos quais atuou foram: 44 pelo Cruzeiro, 54 no PSV, 47 no Barcelona, 59 na Internazionale de Milão, 104 no Real Madrid, 9 pelo Milan,
35 no Corinthians, além dos 62 pela seleção.

Lesões e cirurgias: rotina na carreira

Depois de grandes abalos, Ronaldo sempre soube se recuperar e renascer. Aposentadoria deixa um hiato: a Libertadores

Wilson Baldini Jr. – O Estado de S.Paulo

Se existe um atleta que deu a volta por cima na carreira, esse foi Ronaldo Fenômeno. Em 2000, aos 23 anos, chegou a ser encarado como acabado para o futebol, ao sofrer uma grave lesão no joelho direito, em partida da Inter de Milão diante da Lazio. A cena da contusão chocou todos, mas não o melhor jogador do mundo. Após meticulosa recuperação, voltou a encantar os torcedores ao marcar oito gols e carregar o Brasil para a conquista do quinto título mundial na Copa da Ásia em 2002. Como agravante, ainda tinha o fracasso de quatro anos antes na França, quando foi envolvido em um dos mais polêmicos momentos da história da competição, ao sofrer uma convulsão horas antes da decisão.

Em 2006, na Alemanha, visivelmente fora de forma, não foi o mesmo jogador decisivo e naufragou com Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Kaká e Robinho. Após sair do Real Madrid e ir para o Milan, Ronaldo sofreu nova lesão, dessa vez no joelho esquerdo.

Sem credibilidade na Europa, transferiu-se para o Corinthians em dezembro de 2008. A equipe acabara de sair da Série B do Brasileiro. Foi recebido como mito pelos torcedores, na maior jogada de marketing do esporte brasileiro em todos os tempos. Não decepcionou nos primeiros seis meses. Com golaços, como o marcado diante do Santos na Vila Belmiro – um lindo lençol sobre o goleiro Fábio Costa -, Ronaldo liderou o time de Parque São Jorge no título paulista e da Copa do Brasil.

Só faltava a conquista inédita da Libertadores. No ano passado, a equipe caiu nas oitavas de final, diante do Flamengo. Neste ano, com Ronaldo muito fora de forma, o Corinthians não passou pela fase preliminar da competição. A cobrança da torcida e as limitações físicas fizeram um dos maiores craques do futebol optar por pendurar as chuteiras.

Tite a Ronaldo: ‘Que ouça pessoas próximas e tenha luz’

Treinador afirma que ainda não conversou com o Fenômeno sobre o fim da carreira do craque

AE – Agência Estado

SÃO PAULO – O técnico Tite pediu neste domingo ao atacante Ronaldo que ouça “as pessoas próximas a ele” antes de anunciar o fim da sua carreira nos campos. O maior artilheiro da história das Copas do Mundo convocou coletiva de imprensa para esta segunda-feira, quando irá informar a sua aposentadoria do futebol.

José Patrício/AE
José Patrício/AE
‘Tenho grande respeito profissional pelo Ronaldo’, diz Tite

“Que ele ouça as pessoas próximas a ele, que ele tenha muita luz. Eu só posso desejar isso a ele”, disse Tite, após partida entre Corinthians e Paulista, em Jundiaí, que terminou empatada por 0 a 0 e foi válida pela oitava rodada do Paulistão.

O técnico disse que ainda não conversou com o jogador sobre a sua saída. “Eu tenho um grande respeito profissional pelo Ronaldo”, afirmou, para depois lembrar sobre o alto grau de pressão que o Fenômeno vinha recebendo. “Uma vez disse a ele que ele carrega um grande peso, que teria de ser perfeito, que não podia errar, e que com tudo o que ele fizesse teria de carregar esse fardo”, acrescentou.

Por Cleber Aguiar – Friburguense tenta sobreviver ao caos!

Fonte: O Estado de São Paulo

Friburguense busca recomeço depois do caos

Tradicional agremiação fluminense tenta voltar à elite do futebol carioca em meio à reconstrução da região serrana do Rio

Leonardo Maia – O Estado de S.Paulo

No dia 12 de janeiro, a vida parou em Nova Friburgo. A cidade foi uma das mais afetadas pelas chuvas que devastaram a região serrana do Rio. Mas a enxurrada que levou 421 vidas e incontáveis bens materiais no município não varreu da comunidade a disposição para começar de novo. Passado um mês da tragédia, Nova Friburgo pouco a pouco volta à rotina e, em meio a esse cenário, um time de futebol simboliza a busca pela reconstrução.

Marcos de Paula/AE
Marcos de Paula/AE
Clube espera por apoio da torcida

O Friburguense Atlético Clube, tradicional clube do interior do Rio, inicia sua trajetória para voltar à Série A do futebol carioca, hoje, contra a Portuguesa, às 17 horas, no Estádio Eduardo Guinle. Foram 12 anos seguidos na elite do Campeonato Estadual, antes da queda no ano passado. O que jogadores, comissão técnica e dirigentes não contavam quando planejavam a temporada – que já seria de luta – é que a caminhada do Tricolor serrano viesse a ser ainda mais difícil por um desastre natural de proporções dantescas.

A pré-temporada foi afetada por quase duas semanas. Treinos suspensos, pois o estádio se tornou base área para helicópteros e equipes de resgate. E jogadores mentalmente dispersos, mais preocupados em reorganizar a rotina do que buscar concentração para o trabalho dentro de campo.

“Graças a Deus não perdi nenhum parente, mas perdi muitos amigos de infância e pessoas próximas. Muda tudo. Ficaram na minha casa 15 familiares que perderam ou tiveram de abandonar as suas casas”, conta o volante Bidu, de 30 anos, titular da equipe. Ele vê como grande dificuldade esquecer o ocorrido. “É impossível. A tragédia sempre volta a nossa mente.”

O jeito, por isso, é transformar o negativo em positivo e tentar extrair da experiência traumática o combustível para que a equipe dê algo a mais no campeonato. “Temos de usar o desastre como estímulo para a superação. É a oportunidade de devolver um pouco de alegria à cidade”, ressalta o técnico Edson Souza, de 49 anos, que teve longa carreira como jogador e atuou em grandes equipes como Vasco, Cruzeiro e Fluminense, no qual fez parte do elenco que conquistou o Brasileiro de 1984.

Edson, porém, sabe que é difícil a equipe iniciar o jogo de hoje totalmente concentrada no futebol. Ele mesmo não esquece a cena, vista da janela do hotel onde mora, de pessoas sendo carregadas pela avalanche de água, pela lama e pelos destroços.

Pouca mobilização. Outro obstáculo será mobilizar a torcida local a ir aos jogos. Naturalmente, quando se dá uma catástrofe dessa magnitude a preocupação e a atenção de todos se voltam para situações emergenciais e a busca pela sobrevivência. Futebol e outras formas de entretenimento não estão no topo da lista de prioridades. Mas à medida que a vida retoma seu rumo, mesmo com grandes feridas expostas por todos os lugares, o esporte retoma com força seu lugar no pensamento da população.

“As pessoas nos abordam nas ruas e perguntam como o time está se preparando, se vamos conseguir subir. Dão força para a gente. Mais do que nunca, temos a responsabilidade de subir”, diz Bidu, ele mesmo um filho da terra. “Todo mundo fala de futebol. É uma forma de amenizar a dor”, pondera Edson.

Mesmo que os torcedores se esforcem para apoiar a equipe, certamente o empresariado local, que patrocina o clube, não terá a condição de dedicar o mesmo suporte. Muitos negócios foram afetados e os recursos serão voltados para o trabalho de recuperação a áreas mais importantes.

Folha salarial. José Siqueira, gerente de futebol, prevê dificuldades para arcar com os custos da folha salarial, mesmo com a redução drástica sofrida com a queda para a Segunda Divisão. Em 2010, o custo com comissão técnica e jogadores girava na casa dos R$ 100 mil mensais. Nesta temporada, está em R$ 45 mil.

“Temos um patrocinador que cobre cerca de 40% dos nossos custos. O restante vem da negociação de atletas, recursos próprios e placas de publicidade e renda dos jogos. Certamente vamos sofrer mais nesses dois últimos aspectos. A torcida é uma incógnita. Não sei se vão se preocupar com lazer nessa hora, mas vamos fazer um trabalho de mobilização”, diz o dirigente.

De qualquer maneira, com a arquibancada cheia ou vazia, certo é que o Friburguense exibirá mais do que a determinação de um time de futebol em busca de um título. Os jogadores prometem trazer no espírito o mesmo desejo de recomeço de toda uma cidade.

Por Cleber Aguiar – Futebol na contramão da economia !

Fonte: O Estado de São Paulo

Futebol vai na contramão da economia

Enquanto a maioria dos países tem freado os investimentos, os 20 maiores clubes festejam crescimento de receita

Jamil Chade – O Estado de S.Paulo

Os investimentos mundiais estão estagnados, o crescimento das economias europeias patina e o desemprego no planeta atinge marcas recordes. Mas em pelo menos um setor da economia o boom voltou a fazer parte da realidade: o futebol. Os 20 clubes mais ricos do mundo tiveram um benefício de US$ 5,4 bilhões em 2010, 8% acima do ano anterior. Mas os números escondem outra realidade: o fosso cada vez mais profundo entre a elite do futebol e a grande maioria dos clubes, endividados e tendo até de vender seus estádios para pagar as contas.

De acordo com a consultoria Deloitte, o Real Madrid, dos astros Cristiano Ronaldo e Kaká, gerou 438 milhões e foi em 2010 o clube mais rico do planeta pelo sexto ano consecutivo. Em relação a 2009, o valor gerado foi 20% superior.

O segundo lugar ficou com o Barcelona, com o ingresso de 398 milhões, 10% a mais em relação ao ano anterior. O clube catalão, no entanto, deverá ver um aumento substancial de sua renda com a assinatura do primeiro contrato de publicidade em sua camisa a partir de agora.

Se os dois mais ricos são espanhóis, os ingleses é que dominam as contas dos 20 maiores. Um alemão também aparece entre os top. Os dois espanhóis são seguidos por Manchester United, Bayern de Munique, Arsenal, Chelsea e Liverpool.

O clube que mais enriqueceu entre os 20 maiores foi o Manchester City, com uma alta de 44%. A explosão fez o time passar da 20.ª posição para a 11.ª em apenas um ano entre os mais ricos, com 153 milhões. O Tottenham Hotspur, do goleiro brasileiro Gomes, também está entre os mais ricos.

“Dos 20 maiores clubes, 17 mostraram um crescimento em sua renda, o que mostra a resistência das agremiações diante da crise econômica global”, declarou Dan Jones, autor do estudo da Deloitte.

Um dos pilares da resistência é o fato de os clubes terem consumidores “leais” e que não abandonam o time apenas por causa de uma crise, por mais severa que ela seja.

Outro pilar foi a garantia de contratos de TV e uma difusão na Ásia, mercado que não sofre com a crise como a Europa. Quase metade das receitas dos clubes – 44% – é proveniente da venda de direitos de TV.

Outro lado. Enquanto os ricos resistem, a constatação da Uefa é que dezenas de clubes médios e pequenos estão sofrendo cada vez mais. Mais de 50% das agremiações europeias estão com dívidas consideradas ameaçadoras e 20% delas vivem situação bastante crítica.

A Uefa adotará a partir deste ano exigências financeiras para que clubes participem dos torneios continentais numa tentativa de limpar o caos que o esporte enfrenta longe dos times de elite.

Esporte lidera fácil patrocínios no Brasil

O Brasil é mesmo o País do futebol. Pelo menos no que se refere ao dinheiro de patrocínio que chega ao esporte. Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo concluiu que quase dois terços dos investimentos no esporte no País vão para apenas um esporte: o futebol.

Os últimos dados completos apontam que, em 2008, R$ 328 milhões foram colocados por empresas no esporte na forma de patrocínios. A estimativa é de que o valor vá dobrar até a Olimpíada de 2016. Mas, pelo menos por enquanto, a supremacia do futebol é total.

O esporte mais popular do Brasil recebeu R$ 205,3 milhões em patrocínio em 2008, média que teria sido mantida nos anos seguintes. Os clubes foram os que mais receberam, cerca de R$ 82,6 milhões. A seleção brasileira vem em segundo lugar, com um pacote de R$ 81 milhões.

O uso de estádios para a publicidade vem na terceira colocação, com patrocínios de R$ 38 milhões, enquanto atletas, individualmente, receberam pacotes de R$ 1,9 milhão.

O segundo esporte que mais recebeu investimentos foi o vôlei. Mas bem distante do futebol, apesar das inúmeras conquistas dos últimos dez anos em várias modalidades, até mesmo no volei de praia. O volume de dinheiro colocado no vôlei chegou a R$ 49 milhões, apenas 15% de tudo o que as empresas investiram no esporte brasileiro.

O basquete aparece na terceira colocação, mas recebe “migalhas” e fica bem abaixo dos dois primeiros. No total, R$ 16 milhões foram destinados ao esporte por patrocinadores. O valor representa só 5% do total e é inferior até ao que estádios de futebol recebem em patrocínios.

O quarto lugar é ocupado pelo futsal, com 2% dos patrocínios. A onda criada por Gustavo Kuerten deu novo ímpeto ao tênis nacional. Mas a modalidade que hoje não conta com grandes ídolos no País arrecadou apenas 2% dos patrocínios.

Esportes como motociclismo, stock car e outras corridas ficaram com 1% da fatia, apesar da popularidade da Fórmula 1.

Mas o que mais surpreendeu os autores do levantamento foi o fato de que todos os demais esportes no país dividem um bolo que representra 12% dos patrocínios no País. Isso tudo para as várias modalidades de atletismo, natação, ginástica, boxe, vela, judô, esgrima e outras modalidades olímpicas.

Preocupação. Durante o processo de seleção do Rio para ser sede dos Jogos Olímpicos de 2016, uma das preocupações do Comitê Olímpico Internacional (COI) era justamente a concentração de recursos para o futebol e o perigo de uma fatiga de patrocinadores para as outras modalidades esportivas.

Por Cleber Aguiar – Tráfico de menores no futebol

Fonte: O Estado de São Paulo

Esperanças abandonadas

Milhares de africanos vão à Europa com o sonho de se tornar craques, são largados e vivem ilegalmente

Jamil Chade / PARIS – O Estado de S.Paulo

Samuel tinha 14 anos quando se viu sem visto para permanecer na França e sem time que o aceitasse. Transformou-se em mais um dos milhares de africanos ilegais na Europa, ao lado de seus irmãos David e Etienne. Correu não por uma bola. Mas para não ser pego pelos agentes de força da França que o expulsariam se descobrissem que não tinha visto. Anos depois, conseguiu reverter seu destino e se tornar um dos africanos mais conhecidos mundo.

Reuters
Reuters
Para cada Eto’o que surge na Europa, dezenas de crianças são abandonadas

Samuel, ou Eto”o, escapou das ruas. Voltou para a África e aguardou o dia em que de fato conseguiu visto e uma real oportunidade num clube. Mas milhares de outros africanos que desembarcam na Europa sonhando ser craque acabam abandonados nas periferias de Paris, Lyon, Milão ou Madri. De esperança de astros, viram problema social e passam a ser vítimas do tráfico de seres humanos.

O Estado teve acesso a documentos e fichas da ONG Foot Solidaire, no bairro de Saint-Denis, o mesmo onde está o Stade de France. Preparados em cooperação com a polícia local, eles mostram uma triste realidade. Para garotos do continente mais pobre do planeta, o futebol é uma das raras oportunidades de sucesso e representa mais do que ganhar na loteria em seus países de origem. A situação é desesperadora: 65% dos jovens com menos de 24 anos na África vivem ainda hoje em miséria extrema, com menos de US$ 2,00 por dia. A taxa de má nutrição chega a 39,9%. Para alguns traficantes que são falsos empresários do futebol, esses garotos são bilhetes premiados.

Os casos registrados pela ONG mostram dois tipos de êxodo de crianças da África para a Europa. O primeiro é chamado de “oficial”. Clubes como PSG, Monaco, Ajax e Feyenoord abriram escolinhas em vários locais da África para conseguir ter acesso aos atletas antes mesmo de eles terem idade para ser negociados. O Manchester United chegou até a comprar um time da 2.ª Divisão da África do Sul.

Ainda que preocupantes, não são esses esquemas os que mais assustam. O real problema é a proliferação de falsos agentes que prometem transformar jovens em craques e os levam para a Europa em troca de um montante de dinheiro. O problema, segundo a investigação, é que esses agentes não passam de traficantes de seres humanos.

Oficialmente, as federações africanas exigem que todas as escolinhas em seus países sejam registradas. Mas dezenas delas operam na clandestinidade. Só em Acra, capital de Gana, são quase 100 escolas sem registros operando normalmente. Nesses locais, os supostos agentes formam jogadores e, depois, lhes prometem levar para passar pela peneira de grandes clubes europeus. Pelo serviço, cobram entre US$ 700 e US$ 6 mil. Desesperadas para sair da pobreza, famílias não sabem que estão pondo seus filhos em um esquema do crime organizado e aceitam pagar o alto preço.

A primeira surpresa vem na fabricação do passaporte. A nacionalidade de muitos é mudada para facilitar a entrada nos países europeus. Vários jogadores hoje na França e na Europa que se dizem da Costa do Marfim são, na realidade, de Burkina Fasso. A segunda surpresa é a mudança na idade das crianças. Alguns, já perto dos 18 anos, se tornam mais jovens, com a elaboração de novas certidões de nascimento. A muito jovens – alguns de 7 anos -, a ordem é elevar um pouco a idade para não levantar suspeitas.

Mas isso não é o pior. Muitos descobrem que a própria viagem também ocorrerá na clandestinidade. Alguns chegam a pegar botes entre a costa africana e as ilhas espanholas. Em 2008, um caso se tornou famoso, com um barco com 15 jovens sendo pego pela polícia no mar. Ao serem questionados por que estavam indo para a Europa, disseram que tinham testes marcados com o Real e o Olympique de Marselha. Os clubes afirmaram que os testes nem existiam.

Outra forma de chegar à Europa são os vistos de turismo de 30 dias. Os falsos olheiros e recrutas garantem que os testes nos clubes ocorrerão nesse prazo. Mas, assim que o jovem desembarca, muitas vezes acaba abandonado e descobre que alguns testes não existiam. Quando eles são realizados, uma reprovação também é sinônimo de crise. Isso porque o acordo com o suposto agente não inclui na maioria das vezes a passagem de volta.

De um lado, famílias que gastaram grande parte de suas economias para enviar o futuro craque para a Europa acabam arruinadas. De outro, garotos se veem de um dia para o outro nas ruas de grandes cidades, abandonados. Para a entidade que passou a se ocupar desses meninos, a estimativa é de que cerca de mil vivem na Europa em situação de marginalização. “Esse é um número com o qual trabalhamos pela experiência que temos. Mas sabemos que há centenas de outros em situações críticas na Rússia e no Leste Europeu”, alerta o presidente da ONG Foot Solidaire, Jean-Claude Mbvoumin, ao Estado.

Há seis anos nesse trabalho, Mbvoumin conta que os relatos dos garotos abandonados são fortes. “Tivemos garotos da Costa do Marfim que foram obrigados a buscar comida no lixo para sobreviver, depois que descobriram que não passaram nas peneiras”, diz. “Há ainda muitos que estão abandonados e suas famílias nos ligam para saber o paradeiro. Temo que nunca encontraremos”, prossegue. “Para cada Eto”o que a África cria e leva ao céu como estrela, dezenas de crianças são abandonados e veem suas vidas se transformarem em inferno.”

”Minha mãe vendeu a casa para pagar a viagem”

– O Estado de S.Paulo

Bernard nasceu em Guiné Bissau. Viajou para Gana, Senegal, passou por Tenerife até chegar à França, onde o esperariam para ser jogador de futebol. Em sua terra natal, era considerado craque e a promessa de transformar a vida de toda uma família, lutando para sobreviver na região mais pobre e violenta do planeta. Bernard, hoje com 19 anos, havia recebido em 2008 uma promessa de um suposto agente de que teria um teste marcado no time francês do Metz. Para chegar à Europa, cruzou o Atlântico em um barco, correndo risco ao lado de dezenas de outros imigrantes ilegais.

Pela viagem, passaporte e serviço, pagou US$ 3 mil ao agente. Na África, o valor é altíssimo. “Minha mãe vendeu nossa casa para pagar o que nos foi pedido”, contou Bernard, que falou ao Estado com a condição de não ter o sobrenome divulgado e não ser fotografado. Tudo não passava de fraude. Ao chegar a Tenerife, o barco foi detido pela polícia espanhola. Todos foram parar em uma detenção. Não tinham visto. Com identidade falsa, convenceu os agentes espanhóis de que era maior de idade. Foi liberado após um mês na prisão.

Decidiu continuar seu caminho até a França para o sonhado teste no Metz. Quando finalmente desembarcou na cidade, a direção do clube lhe disse que nunca havia chamado o garoto para treinar e que desconhecia o agente. Pior. Ameaçaram denunciá-lo à polícia se insistisse. O falso agente desapareceu. Hoje Bernard vive ao lado de centenas de imigrantes ilegais na periferia de Paris, onde nem a polícia costuma fazer visitas. Divide quarto com quatro africanos. Para sobreviver, tem a ajuda da ONG Foot Solidaire. E trabalha como camelô. “Não posso voltar para casa. Seria um vexame para minha família.”

Camaronês do PSG: idade e nome falsificados?

– O Estado de S.Paulo

Uma polêmica nesta semana em torno do goleiro do Paris Saint-Germain escancara como africanos têm chegado à Europa em esquemas fraudulentos. Depois de briga com um de seus ex-agentes, Apoula Edel se viu em meio a uma tormenta. Camaronês naturalizado armênio, o jogador agora enfrenta processo por falsidade de identidade.

O autor da denúncia é Nicolas Philibert, que por anos passou pela África treinando jovens e buscando clubes na Europa para promessas do futebol. Em 2002, o agente propôs ao goleiro transferência para um clube na Armênia. Mas Edel, naquela época, tinha supostamente 19 anos. Nada disso seria verdade. Philibert agora diz que o nome real do goleiro seria Ambroise Beyamena e teria sido transferido com menos de 18 anos, algo ilegal. Segundo ele, os documentos do atleta foram refeitos com pagamento de propinas. Suposta dívida de 30 mil do goleiro teria motivado o empresário a fazer as denúncias.

ICFUT – São Paulo bate a Lusa por 3×2

O time da casa se virou como pôde. Sem jogadores criativos no meio de campo, apelou para os chutões que procuravam os atacantes Kempes e Jael, outro estreante do dia. A Lusa só ameaçou quando estes recuaram para buscar o jogo. Na melhor chance, já no fim da primeira etapa, Jael deixou Marcelo Cordeiro livre, na cara do gol, mas o lateral chutou sem força.

Pela esquerda, o Tricolor insistia, até que uma inversão de posicionamento desmoronou a zaga da Portuguesa. Dagoberto, e não Fernandinho, caiu pela esquerda. Fernandinho, e não Dagoberto, veio da direita, em diagonal, e invadiu a área sozinho. O camisa 12 só precisou esperar o cruzamento de seu companheiro para cabecear tranquilo, sem chances para Weverton: 1 a 0 São Paulo, aos 29 minutos.

Desde o início do jogo, porém, o mais festejado, para variar, era Rogério Ceni. E ele teve sua chance de brilhar aos 39, quando Fernandinho sofreu falta de Domingos na entrada da área. O camisa 1 foi ao ataque, cobrou bem e ainda contou com uma ajudinha de Weverton para fazer seu gol número 98 na carreira. Agora só faltam dois para o centésimo!

Lusa assusta, mas não o suficiente

A segunda etapa até que começou no mesmo ritmo, com o Tricolor buscando jogadas pela esquerda e a Lusa travada mesmo com duas alterações na equipe. Para sorte de Sergio Guedes, porém, as mudanças funcionaram. Fabrício, que entrou no lugar de Ivo, invadiu a área e foi derrubado em disputa com Alex Silva: Pênalti. Aos 12, Heverton, que substituiu Jael, bateu com perfeição. Bola de um lado, Rogério Ceni do outro: 2 a 1.

Por alguns minutos, a Lusa ensaiou uma pressão, adiantando suas linhas e forçando o São Paulo a recuar. Mas com um repertório limitado de jogadas, o time foi dominado facilmente pelo sistema defensivo do Tricolor, que retomou o domínio a partir dos 20 minutos.

Aí, só deu São Paulo. Aos 23, Fernandinho perdeu chance incrível após bela jogada de Juan. O atacante recebeu sozinho, na pequena área e com o goleiro já vendido. Mesmo assim, acertou o travessão. Inacreditável!

Se Fernandinho estava com a pontaria ruim, o mesmo não se pode dizer de Rhodolfo. No primeiro jogo com a camisa tricolor, já deixou sua marca. Aos 30, Dagoberto cobrou falta do lado esquerdo e o estreante subiu sozinho para cabecear, fazendo o terceiro do São Paulo. Na comemoração, uma cambalhota que incendiou a torcida. Mas, em um vacilo da defesa, Heverton diminuiu aos 41. E, para salvar o Tricolor, Rogério Ceni trabalhou mais uma vez. Aos 44, Marco Antônio cobrou falta no ângulo e Ceni voou para defender, garantindo a vitória.
 

portuguesa 2 x 3 são paulo
Weverton, Paulo Sérgio, Domingos, Preto Costa e Marcelo Cordeiro; Ademir Sopa, Ferdinando, Marco Antônio e Ivo (Fabrício); Kempes (Luís Ricardo) e Jael (Heverton) Rogério Ceni, Rhodolfo, Alex Silva, Miranda e Juan; Jean, Rodrigo Souto, Carlinhos Paraíba e Rivaldo (Marlos); Fernandinho (Marcelinho Paraíba) e Dagoberto (Fernandão)
Técnico: Sérgio Guedes Técnico: Paulo César Carpegiani
Gols: Fernandinho, aos 29, e Rogério Ceni, aos 39 do primeiro tempo. Heverton, aos 12 e aos 41, e Rhodolfo, aos 30 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Domingos, Kempes, Jael (POR); Carlinhos Paraíba, Juan (SAO)
Estádio: Canindé, São Paulo (SP). Data: 13/02/2011. Árbtiro: Flávio Rodrigues Guerra. Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis e Alberto Poletto Masseira. Público: 10.828 pagantes. Renda: R$ 340.730,00

Por Rogerinho – São Paulo recebe Taça das Bolinhas nesta segunda-feira

Entrega será feita oficialmente pela Caixa Econômica Federal

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo

Taça de Bolinhas (Foto: divulgação)
Taça foi restaurada em 2010

Quase um ano depois da decisão tomada pela CBF em abril de 2010, o São Paulo irá receber a Taça das Bolinhas por ser considerado oficialmente o primeiro clube a conquistar cinco vezes o tíítulo de campeão brasileiro (1977,1986,1991, 2006 e 2007). A Caixa Econômica Federal, criadora do troféu, realizará a entrega nesta segunda-feira, às 11h, no auditório do Tribunal Federal Regional.

O presidente Juvenal Juvêncio receberá a taça da presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho. Também participa da entrega o ministro do Esporte, Orlando Silva.

Durante o período em que foi o troféu oficial dos campeões brasileiros, a peça ficava com o clube vencedor para exposição ao público e retornava à Caixa, proprietária da taça. No entanto, a partir de 1992, a cerimônia de entrega do troféu não foi mais realizada em atendimento a um pedido da CBF por conta da  polêmica sobre o campeão brasileiro de 1987. Desde então, a taça ficou em um cofre da Caixa, sendo recentemente restaurada para a entrega.

No fim do ano passado, quando a CBF decidiu unificar os títulos nacionais conquistados antes de 1971, o Flamengo tinha esperança de que a Copa União de 1987 fizesse parte da cerimônia. Na ocasião, o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, disse que não poderia fazê-lo por conta da decisão judicial que considera o Sport campeão naquele ano. Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, respondeu com ironia ao dirigente e prometeu lutar na justiça pelo reconhecimento.

No site oficial tricolor, Juvenal Juvêncio publicou neste domingo uma carta para dar satisfação a Patrícia Amorim sobre o caso. Juvenal e Patrícia foram aliados na última eleição do Clube dos 13, ajudando a eleger Fábio Koff. Além da recente proximidade política, existe o delicado fato de a diretoria do São Paulo ter se engajado na criação da Copa União de 87, ano em que os clubes decidiram organizar o campeonato nacional sem a CBF. Na carta, Juvenal é respeitoso, elogia Patrícia, mas diz que não pode abrir mão de um troféu “que materializa o símbolo de algumas das mais importantes conquistas  desportivas dessa entidade”. Ao mesmo tempo, faz um afago aos rubro-negros, afirmando que “ninguém há de negar, especialmente o SPFC, que teve a honra de participar da própria concepção da competição e ter dela feito parte, a importância e o significado da conquista da Copa União de 1987”.

O troféu Caixa Econômica Federal foi criado em 1975, por meio de um concurso vencido pelo artista plástico Maurício Salgueiro, e é composto de 156 esferas de ouro e prata.

Opinião Pessoal – Nada mais justo pois o São Paulo é o maior vencedor de campeonatos Brasileiros, foi o primeiro PENTA, chupa Flamengo.