Fonte: lancenet
Auxiliar do Santos é acusado do crime de lavagem de dinheiro, proveniente do tráfico de drogas. Funcionário do Peixe e outros réus ainda podem recorrer da decisão
Edinho ao lado de seu pai, Pelé, no CT do Santos (Foto: Divulgação)
Filho de Pelé e auxiliar da comissão técnica do Santos, Edinho foi condenado na última sexta-feira a 33 anos de prisão por crime de lavagem de dinheiro, proveniente do tráfico de drogas. A decisão foi tomada pela juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande, no litoral sul de São Paulo.
A sentença, porém, ainda é passível de recurso. Além do ex-goleiro do Peixe, foram condenados pela mesma prática Clóvis Ribeiro, o Nai; Maurício Louzada Ghelardi, o Soldado; Nicolau Aun Júnior, o Véio; e Ronaldo Duarte Barsotti, o Naldinho.
Segundo a acusação, Naldinho era o líder da organização criminosa, baseada em Santos ecom ligação com o Comando Vermelho, facção do Rio de Janeiro. O grupo foi descoberto pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) em operação realizada em 2005.
Quando o esquema foi desvendado, Edinho negou as acusações e declarou ser dependente de drogas. O atual membro da comissão do Peixe foi preso duas vezes, mas conseguiu habeas corpus em 2006 e nunca mais foi detido.
Segundo o jornal "A Tribuna", de Santos, o Denarc (Departamento de Narcóticos), com uma autorização judicial, monitorava mais de cem aperelhos de telefone durante um período de oito meses. A princípio, Naldinho era o principal alvo, mas com o decorrer das investigações, os outros acusados apareceram, entre eles, Edinho. O filho de Pelé, em uma das ligaçõe interceptadas, comentava com o chefe da quadrilha para entrar com o dinheiro, que ele entrava com o nome (provavelmente fazendo alusão ao seu pai). Este diálogo fazia menção à abertura de uma empresa.
Este não foi o primeiro episódio entre Edinho e a Justiça. O ex-goleiro já havia sido condenado a seis anos de prisão por participação em um acidente de carro, que acabou com uma vítima fatal. A sentença, porém, acabou sendo anulada. Neste ano, foi condenado a pagar uma pensão vitalícia de seis mil reais para a mulher da vítima, além de uma uma quantia de 200 salários mínimos por danos morais.