Arquivo diário: junho 1, 2014
Por Cleber Santista – Coritiba arrasa Goiás no 1º tempo e encerra jejum no Brasileirão 2014
FICHA TÉCNICA
CORITIBA 3 X 0 GOIÁS
Local: Estádio Durival Britto e Silva, em Curitiba (PR)
Data: 31 de maio de 2014, sábado
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Pablo dos Santos Alves (ES)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Vanderson Antonio Zanotti (ES)
Cartões amarelos: Gil, Reginaldo, Vanderlei, Germano (Coritiba); Alex Alves (Goiás)
Gols: Alex, aos 04 minutos, Keirrison, aos 14 minutos, e Dener, aos 44 minutos
CORITIBA-PR: Vanderlei; Reginaldo, Luccas Claro, Welinton e Dener; Gil, Baraka, Germano e Alex; Keirrison (Júlio César) e Zé Love (Dudu)
Técnico: Celso Roth
GOIÁS: Edson; Thiago Mendes, Alex Alves, Jackson, e Juliano (Lima); Amaral, Rodrigo, Ramon, Esquerdinha (Eric) e Tiago Real (Danilo); Assuério
Técnico: Ricardo Drubscky
Por Cleber Santista – Com ajuda do árbitro e do goleiro rival, São Paulo vence o Atlético-MG
Fonte: Globo.com
No último jogo antes da parada da Copa, Tricolor ganha Galo no Morumbi graças a erros da arbitragem e à falha incrível de Giovanni no fim
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Frango incrível
Giovanni
O goleiro Giovanni sofreu um frango inacreditável no último minuto da partida, que deu a vitória ao São Paulo. Ele tentou defender cobrança de falta de Pabon, mas o chute fraco e rasteiro passou por entre as mãos dele, entrando no gol, deixando o atleta desolado.
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decisivo
arbitragem
Apesar da falha de Giovanni, o trio de arbitragem também foi decisivo no jogo deste sábado. Primeiro, marcou impedimento inexistente de Dátolo em lance no qual ele saiu livre na frente de Rogério e marcou. Depois, a falta que originou o gol de Pabon não aconteceu.
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adeus?
Pabon
O atacante Pabon fez o gol da vitória do Tricolor, naqueles que podem ter sido seus últimos minutos vestindo a camisa do clube. Isso porque o empréstimo dele vai até o fim de junho e a tendência é que volte ao Valencia, por conta do salário alto e das fracas atuações.
O São Paulo contou com a ajuda do trio de arbitragem e, principalmente, do goleiro Giovanni, do Atlético-MG, para vencer por 2 a 1, na noite deste sábado, no Morumbi, e sair para o recesso do Brasileirão para a disputa da Copa do Mundo de forma tranquila. O gol da vitória, marcado por Pabón, saiu em cobrança de falta, na qual o arqueiro adversário engoliu frango. A infração em Ganso, porém, não existiu. Antes, Dátolo havia virado para o Galo, mas teve o lance anulado por um impedimento inexistente. Luis Fabiano abriu o placar para o Tricolor, e Josué descontou para os visitantes.
Com o resultado, o São Paulo chega aos 16 pontos e está na segunda posição do Campeonato Brasileiro – ao menos até o término da rodada, neste domingo. Já o Atlético, que foi melhor em boa parte do confronto, permanece com 14, no sétimo lugar.
Agora, as duas equipes entram férias e só voltam a campo pelo Brasileirão no dia 16 de julho. O Tricolor pega o Bahia, na Arena Fonte Nova. Antes disso, fará preparação de 15 dias em Orlando, nos Estados Unidos, incluindo um amistoso, que marcará a estreia de Alan Kardec. Já o Galo disputará três partidas na China entre 19 e 29 de junho. O próximo compromisso na competição nacional será contra a Chapecoense, na Arena Condá.
Dois tempos distintos
A etapa inicial teve duas partes distintas. A primeira metade foi dominada pelo São Paulo, que explorava muito o lado esquerdo do ataque, com Osvaldo. Foi ele que cruzou para Luis Fabiano marcar de cabeça, aos 10 minutos. Livres, os volantes Maicon e Souza iniciavam a maioria das jogadas e organizavam muito bem a equipe, que dominou o adversário. Aos poucos, o Galo ia apresentando melhora. O toque de bola no meio de campo passou a fluir, e o time perdeu duas boas chances de empatar o confronto.
O Atlético-MG cresceu ainda mais após o intervalo e foi superior em praticamente todo o segundo tempo. Conseguiu rodar bem a bola, dominou o meio e criou chances. Empatou com Josué, aos 33, acertou a trave com Tardelli, em cobrança de falta, e teve tudo pare vencer o jogo. Não fosse o trio de arbitragem e o goleiro Giovanni. Primeiro, Dátolo recebeu em posição regular, arrancou e marcou, mas impedimento inexistente foi marcado. Depois, a falta assinalada de forma errada para o Tricolor resultou no gol de Pabón, aos 44. Graças, principalmente, ao erro bisonho do arqueiro, que não conseguiu segurar um chute fraco e rasteiro. Festa dos donos da casa que, se não foram melhores, ao menos tiveram mais sorte.
ICFUT – DAS ANTIGAS – Copa do Mundo FIFA de 1950
Fonte: Fifa.com
Celeste Olímpica cala o Maracanã
O Brasil construiu o maior estádio de futebol do planeta para sediar a Copa do Mundo da FIFA 1950, mas a esperança de consagrar o gigantesco Maracanã com o primeiro título mundial foi destruída após uma das maiores surpresas da história da competição.
A Copa do Mundo da FIFA 1950 não teve final, pois foi decidida em um quadrangular. Mesmo assim, Brasil e Uruguai fizeram justamente na última rodada da fase final a partida que decidiu o torneio. Precisando de somente um empate, a seleção brasileira abriu o marcador com Friaça aos dois minutos do segundo tempo, mas o Uruguai conseguiu a virada com gols de Juan Schiaffino e Alcides Ghiggia. Um silêncio ensurdecedor de 200 mil vozes foi ouvido no Maracanã, e o pequeno país vizinho comemorou no Brasil o seu segundo título mundial.
O Uruguai, campeão mundial em 1930, só precisou disputar uma partida (goleou a Bolívia por 8 a 0) para chegar ao quadrangular final. Na fase decisiva, o selecionado saiu perdendo todas as três partidas, mas conseguiu na última a virada que entrou para a história como o Maracanazo.
A competição no Brasil foi a primeira Copa do Mundo da FIFA após a Segunda Guerra Mundial. Durante todo o conflito, o cobiçado troféu ficara escondido em uma caixa de sapatos sob a cama do italiano Ottorino Barassi, vice-presidente da FIFA. Com o retorno da paz, ele ganhou o nome de Taça Jules Rimet para comemorar o renascimento da competição.
Treze participantes
Apenas 13 seleções disputaram o título no Brasil devido à ausência de países do Leste Europeu e a uma série de desistências de peso, especialmente de Argentina e França — esta última em protesto contra um itinerário que envolveria uma viagem de 3.500 km entre uma partida e outra.
A Inglaterra estava presente pela primeira vez depois de vencer um torneio entre os países das Ilhas Britânicas. Por outro lado, a Escócia, que teria o direito de viajar depois de ficar em segundo lugar, recusou a oportunidade. Quem também se classificou, mas não quis jogar, foi a Turquia. Já a Índia disse não porque a FIFA não permitiria que seus atletas jogassem de pés descalços. Os cinco participantes sul-americanos não precisaram disputar nenhuma partida nas eliminatórias.
O torneio teve uma primeira fase bastante incomum, com as seleções divididas em dois grupos de quatro países, um grupo de três e ainda um grupo com somente Uruguai e Bolívia.
O Maracanã era um monumento à ambição brasileira, e os homens comandados por Flávio Costa superaram a expectativa na estreia e abriram a campanha com uma goleada de 4 a 0 sobre o México.
Porém, o empate em 2 a 2 com a Suíça deixou o Brasil precisando de uma vitória no último jogo diante da Iugoslávia. Na partida que decidiu o grupo, os brasileiros tiveram um pouquinho de sorte quando o atacante iugoslavo Rajko Mitić machucou a cabeça ao subir as escadarias para o gramado do Maracanã. Ele ainda estava sendo atendido quando Ademir abriu o placar para o Brasil, que definiu o marcador com Zizinho no segundo tempo.
Enquanto o Brasil avançava, a campeã Itália era eliminada ao ser derrotada pela Suécia por 3 a 2. Os escandinavos, todos amadores, haviam perdido Gunnar Gren, Gunnar Nordahl e Nils Liedholm para a Série A italiana após o título olímpico em 1948. Mas os jogadores dirigidos pelo inglês George Raynor ainda tinham o suficiente para superar a Itália, que perdera muitos dos seus principais atletas no ano anterior em um terrível acidente aéreo que tirara a vida de 19 jogadores do Torino.
Surpresa norte-americana
Com o terceiro lugar da Suécia, Raynor foi o único inglês a comemorar algo no Brasil. A seleção do país que inventou o futebol moderno fez muito feio na sua primeira participação na Copa do Mundo da FIFA. A Inglaterra chegou mal-preparada e pagou caro em Belo Horizonte com uma derrota por 1 a 0 para os Estados Unidos. Treinados pelo escocês Bill Jeffrey, os americanos haviam estreado com derrota para a Espanha, mas tinham aberto o marcador e permanecido na frente do placar durante a maior parte do jogo contra nesse revés. No entanto, contra a Inglaterra, tiveram a ajuda da sorte para manter a vantagem assegurada com um gol de Joe Gaetjens no primeiro tempo.
Na Inglaterra, alguns jornais acharam que o resultado era um erro de digitação e publicaram que a partida havia terminado em 10 a 1. No fim, a seleção inglesa voltou para casa bem mais cedo do que esperava após outra derrota por 1 a 0 para a Espanha, com um gol de Zarra. Entre os homens que escreveram uma das páginas mais lamentáveis da história do futebol inglês estava o lateral-direito Alf Ramsey, que se redimiu como treinador ao conquistar o título mundial em 1966.
No quadrangular final, o Brasil estreou com tudo ao golear a Suécia por 7 a 1 com quatro gols de Ademir, artilheiro da competição anotados. Com uma nova goleada por 6 a 1 diante da Espanha, os brasileiros ficaram com uma mão no troféu. Só precisavam empatar na última rodada com o Uruguai, que vinha de um empate em 2 a 2 com a Suécia e uma vitória por 3 a 2 sobre a Espanha, em ambos os casos chegando ao intervalo em desvantagem.
Embora o Uruguai tivesse vencido um dos três amistosos entre os dois países dois meses antes da competição, a confiança era tanta no Brasil que o jornal Gazeta Esportiva trouxe a manchete “Venceremos o Uruguai”. O prefeito do Rio proclamou o Brasil campeão do mundo antes do pontapé inicial, e poucas almas em uma torcida estimada em 174 mil espectadores — mas que pode muito bem ter superado a marca dos 200 mil — imaginavam qualquer coisa diferente.
O Brasil abriu o placar com tranquilidade em uma jogada armada por Zizinho e Ademir e concluída por Friaça. Mas o Uruguai, comandado pelo capitão Obdulio Varela, empatou aos 21 do segundo tempo depois de Gigghia passar por Bigode pela ponta direita e cruzar para Schiaffino marcar. Então, faltando apenas 11 minutos, veio o imponderável: Gigghia deixou Bigode mais uma vez para trás e chutou entre Barbosa e o poste, levando a Celeste Olímpica ao paraíso — e o Brasil ao desespero.
Fatos Rápidos
Equipes: 13
Quando: 24 Junho 1950 a 16 Julho 1950
Final: 16 Julho 1950
Jogos: 22
Gols: 88 (média 4.0 por partida)
Público: 1045246 (média 47511)