Por Cleber Santista – Coritiba arrasa Goiás no 1º tempo e encerra jejum no Brasileirão 2014

FICHA TÉCNICA
CORITIBA 3 X 0 GOIÁS

Local: Estádio Durival Britto e Silva, em Curitiba (PR)
Data: 31 de maio de 2014, sábado
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro:  Pablo dos Santos Alves (ES)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Vanderson Antonio Zanotti (ES)

Cartões amarelos: Gil, Reginaldo, Vanderlei, Germano (Coritiba); Alex Alves (Goiás)

Gols: Alex, aos 04 minutos, Keirrison, aos 14 minutos, e Dener, aos 44 minutos

CORITIBA-PR: Vanderlei; Reginaldo, Luccas Claro, Welinton e Dener; Gil, Baraka, Germano e Alex; Keirrison (Júlio César) e Zé Love (Dudu)
Técnico: Celso Roth

GOIÁS: Edson; Thiago Mendes, Alex Alves, Jackson, e Juliano (Lima); Amaral, Rodrigo, Ramon, Esquerdinha (Eric) e Tiago Real (Danilo); Assuério
Técnico: Ricardo Drubscky

Por Cleber Santista – Com ajuda do árbitro e do goleiro rival, São Paulo vence o Atlético-MG

Fonte: Globo.com

No último jogo antes da parada da Copa, Tricolor ganha Galo no Morumbi graças a erros da arbitragem e à falha incrível de Giovanni no fim

DESTAQUES DO JOGO
  • Frango incrível

    Giovanni

    O goleiro Giovanni sofreu um frango inacreditável no último minuto da partida, que deu a vitória ao São Paulo. Ele tentou defender cobrança de falta de Pabon, mas o chute fraco e rasteiro passou por entre as mãos dele, entrando no gol, deixando o atleta desolado.

  • decisivo

    arbitragem

    Apesar da falha de Giovanni, o trio de arbitragem também foi decisivo no jogo deste sábado. Primeiro, marcou impedimento inexistente de Dátolo em lance no qual ele saiu livre na frente de Rogério e marcou. Depois, a falta que originou o gol de Pabon não aconteceu.

  • adeus?

    Pabon

    O atacante Pabon fez o gol da vitória do Tricolor, naqueles que podem ter sido seus últimos minutos vestindo a camisa do clube. Isso porque o empréstimo dele vai até o fim de junho e a tendência é que volte ao Valencia, por conta do salário alto e das fracas atuações.

A CRÔNICA
por

O São Paulo contou com a ajuda do trio de arbitragem e, principalmente, do goleiro Giovanni, do Atlético-MG, para vencer por 2 a 1, na noite deste sábado, no Morumbi, e sair para o recesso do Brasileirão para a disputa da Copa do Mundo de forma tranquila. O gol da vitória, marcado por Pabón, saiu em cobrança de falta, na qual o arqueiro adversário engoliu frango. A infração em Ganso, porém, não existiu. Antes, Dátolo havia virado para o Galo, mas teve o lance anulado por um impedimento inexistente. Luis Fabiano abriu o placar para o Tricolor, e Josué descontou para os visitantes.

Com o resultado, o São Paulo chega aos 16 pontos e está na segunda posição do Campeonato Brasileiro – ao menos até o término da rodada, neste domingo. Já o Atlético, que foi melhor em boa parte do confronto, permanece com 14, no sétimo lugar.

Agora, as duas equipes entram férias e só voltam a campo pelo Brasileirão no dia 16 de julho. O Tricolor pega o Bahia, na Arena Fonte Nova. Antes disso, fará preparação de 15 dias em Orlando, nos Estados Unidos, incluindo um amistoso, que marcará a estreia de Alan Kardec. Já o Galo disputará três partidas na China entre 19 e 29 de junho. O próximo compromisso na competição nacional será contra a Chapecoense, na Arena Condá.

Dois tempos distintos

A etapa inicial teve duas partes distintas. A primeira metade foi dominada pelo São Paulo, que explorava muito o lado esquerdo do ataque, com Osvaldo. Foi ele que cruzou para Luis Fabiano marcar de cabeça, aos 10 minutos. Livres, os volantes Maicon e Souza iniciavam a maioria das jogadas e organizavam muito bem a equipe, que dominou o adversário. Aos poucos, o Galo ia apresentando melhora. O toque de bola no meio de campo passou a fluir, e o time perdeu duas boas chances de empatar o confronto.

O Atlético-MG cresceu ainda mais após o intervalo e foi superior em praticamente todo o segundo tempo. Conseguiu rodar bem a bola, dominou o meio e criou chances. Empatou com Josué, aos 33, acertou a trave com Tardelli, em cobrança de falta, e teve tudo pare vencer o jogo. Não fosse o trio de arbitragem e o goleiro Giovanni. Primeiro, Dátolo recebeu em posição regular, arrancou e marcou, mas impedimento inexistente foi marcado. Depois, a falta assinalada de forma errada para o Tricolor resultou no gol de Pabón, aos 44. Graças, principalmente, ao erro bisonho do arqueiro, que não conseguiu segurar um chute fraco e rasteiro. Festa dos donos da casa que, se não foram melhores, ao menos tiveram mais sorte.

Luis Fabiano São Paulo x Atlético-MG (Foto: Leandro Martins / Futura Press)
Luis Fabiano disputa a bola com o adversário durante a partida (Foto: Leandro Martins / Futura Press)

ICFUT – DAS ANTIGAS – Copa do Mundo FIFA de 1950

Fonte: Fifa.com

Celeste Olímpica cala o Maracanã

221332
O Brasil construiu o maior estádio de futebol do planeta para sediar a Copa do Mundo da FIFA 1950, mas a esperança de consagrar o gigantesco Maracanã com o primeiro título mundial foi destruída após uma das maiores surpresas da história da competição.

ÍndiceA Copa do Mundo da FIFA 1950 não teve final, pois foi decidida em um quadrangular. Mesmo assim, Brasil e Uruguai fizeram justamente na última rodada da fase final a partida que decidiu o torneio. Precisando de somente um empate, a seleção brasileira abriu o marcador com Friaça aos dois minutos do segundo tempo, mas o Uruguai conseguiu a virada com gols de Juan Schiaffino e Alcides Ghiggia. Um silêncio ensurdecedor de 200 mil vozes foi ouvido no Maracanã, e o pequeno país vizinho comemorou no Brasil o seu segundo título mundial.

O Uruguai, campeão mundial em 1930, só precisou disputar uma partida (goleou a Bolívia por 8 a 0) para chegar ao quadrangular final. Na fase decisiva, o selecionado saiu perdendo todas as três partidas, mas conseguiu na última a virada que entrou para a história como o Maracanazo.

A competição no Brasil foi a primeira Copa do Mundo da FIFA após a Segunda Guerra Mundial. Durante todo o conflito, o cobiçado troféu ficara escondido em uma caixa de sapatos sob a cama do italiano Ottorino Barassi, vice-presidente da FIFA. Com o retorno da paz, ele ganhou o nome de Taça Jules Rimet para comemorar o renascimento da competição.

qwwqqwqTreze participantes
Apenas 13 seleções disputaram o título no Brasil devido à ausência de países do Leste Europeu e a uma série de desistências de peso, especialmente de Argentina e França — esta última em protesto contra um itinerário que envolveria uma viagem de 3.500 km entre uma partida e outra.

A Inglaterra estava presente pela primeira vez depois de vencer um torneio entre os países das Ilhas Britânicas. Por outro lado, a Escócia, que teria o direito de viajar depois de ficar em segundo lugar, recusou a oportunidade. Quem também se classificou, mas não quis jogar, foi a Turquia. Já a Índia disse não porque a FIFA não permitiria que seus atletas jogassem de pés descalços. Os cinco participantes sul-americanos não precisaram disputar nenhuma partida nas eliminatórias.

O torneio teve uma primeira fase bastante incomum, com as seleções divididas em dois grupos de quatro países, um grupo de três e ainda um grupo com somente Uruguai e Bolívia.

O Maracanã era um monumento à ambição brasileira, e os homens comandados por Flávio Costa superaram a expectativa na estreia e abriram a campanha com uma goleada de 4 a 0 sobre o México.

Porém, o empate em 2 a 2 com a Suíça deixou o Brasil precisando de uma vitória no último jogo diante da Iugoslávia. Na partida que decidiu o grupo, os brasileiros tiveram um pouquinho de sorte quando o atacante iugoslavo Rajko Mitić machucou a cabeça ao subir as escadarias para o gramado do Maracanã. Ele ainda estava sendo atendido quando Ademir abriu o placar para o Brasil, que definiu o marcador com Zizinho no segundo tempo.

Enquanto o Brasil avançava, a campeã Itália era eliminada ao ser derrotada pela Suécia por 3 a 2. Os escandinavos, todos amadores, haviam perdido Gunnar Gren, Gunnar Nordahl e Nils Liedholm para a Série A italiana após o título olímpico em 1948. Mas os jogadores dirigidos pelo inglês George Raynor ainda tinham o suficiente para superar a Itália, que perdera muitos dos seus principais atletas no ano anterior em um terrível acidente aéreo que tirara a vida de 19 jogadores do Torino.

Surpresa norte-americana

1165493_full-lnd
Com o terceiro lugar da Suécia, Raynor foi o único inglês a comemorar algo no Brasil. A seleção do país que inventou o futebol moderno fez muito feio na sua primeira participação na Copa do Mundo da FIFA. A Inglaterra chegou mal-preparada e pagou caro em Belo Horizonte com uma derrota por 1 a 0 para os Estados Unidos. Treinados pelo escocês Bill Jeffrey, os americanos haviam estreado com derrota para a Espanha, mas tinham aberto o marcador e permanecido na frente do placar durante a maior parte do jogo contra nesse revés. No entanto, contra a Inglaterra, tiveram a ajuda da sorte para manter a vantagem assegurada com um gol de Joe Gaetjens no primeiro tempo.

Na Inglaterra, alguns jornais acharam que o resultado era um erro de digitação e publicaram que a partida havia terminado em 10 a 1. No fim, a seleção inglesa voltou para casa bem mais cedo do que esperava após outra derrota por 1 a 0 para a Espanha, com um gol de Zarra. Entre os homens que escreveram uma das páginas mais lamentáveis da história do futebol inglês estava o lateral-direito Alf Ramsey, que se redimiu como treinador ao conquistar o título mundial em 1966.

ingresso-copa-do-mundo-1950-1a-rodada-otimo-14635-MLB226558446_6160-F

No quadrangular final, o Brasil estreou com tudo ao golear a Suécia por 7 a 1 com quatro gols de Ademir, artilheiro da competição anotados. Com uma nova goleada por 6 a 1 diante da Espanha, os brasileiros ficaram com uma mão no troféu. Só precisavam empatar na última rodada com o Uruguai, que vinha de um empate em 2 a 2 com a Suécia e uma vitória por 3 a 2 sobre a Espanha, em ambos os casos chegando ao intervalo em desvantagem.

fotos-da-copa-do-mundo-de-1950-1

Embora o Uruguai tivesse vencido um dos três amistosos entre os dois países dois meses antes da competição, a confiança era tanta no Brasil que o jornal Gazeta Esportiva trouxe a manchete “Venceremos o Uruguai”. O prefeito do Rio proclamou o Brasil campeão do mundo antes do pontapé inicial, e poucas almas em uma torcida estimada em 174 mil espectadores — mas que pode muito bem ter superado a marca dos 200 mil — imaginavam qualquer coisa diferente.

O Brasil abriu o placar com tranquilidade em uma jogada armada por Zizinho e Ademir e concluída por Friaça. Mas o Uruguai, comandado pelo capitão Obdulio Varela, empatou aos 21 do segundo tempo depois de Gigghia passar por Bigode pela ponta direita e cruzar para Schiaffino marcar. Então, faltando apenas 11 minutos, veio o imponderável: Gigghia deixou Bigode mais uma vez para trás e chutou entre Barbosa e o poste, levando a Celeste Olímpica ao paraíso — e o Brasil ao desespero.

copa-tabela-1950

Fatos Rápidos

Equipes: 13
Quando: 24 Junho 1950 a 16 Julho 1950
Final: 16 Julho 1950
Jogos: 22
Gols: 88 (média 4.0 por partida)
Público: 1045246 (média 47511)